Havan apresenta proposta e entra na disputa por bens da fábrica Renaux

Oferta foi apresentada por meio da Brashop, administradora de bens ligada à empresa

Havan apresenta proposta e entra na disputa por bens da fábrica Renaux

Oferta foi apresentada por meio da Brashop, administradora de bens ligada à empresa

Além da proposta apresentada pela Nobre Administradora de Bens, do empresário Newton Patrício Crespi, o Cisso, que é proprietário da FIP, uma nova oferta pelos bens da fábrica Renaux chegou ao poder Judiciário.

Na terça-feira, 19, à noite, advogados da Brashop, administradora de bens ligada à Havan, entregaram na Vara Comercial uma oferta de R$ 36 milhões pela aquisição de todo o patrimônio da massa falida.

Um dia antes, a Nobre havia melhorado para R$ 35 milhões a sua proposta inicial de R$ 25 milhões – valor mínimo estipulado no edital da venda dos bens, mas que foi considerado muito baixo pela juíza Clarice Ana Lanzarini.

Agora, há duas propostas para serem analisadas pelos credores da fábrica. Eles foram notificados a se manifestar sobre as propostas de compra em um prazo de cinco dias.

Foram intimados o administrador judicial da massa falida, o Ministério Público e os sindicatos que representam os trabalhadores demitidos da fábrica, os quais tem verbas rescisórias a receber.

Após ouvir os argumentos de todos, a magistrada decide sobre as propostas de compra. Há expectativa, conforme apurou O Município, de que uma decisão sobre o caso saia até a noie desta quarta-feira, 20.

A juíza da Vara Comercial havia solicitado no início da semana que fosse melhorada a proposta apresentada pela Nobre, o que ocorreu no início da tarde de terça-feira, 19.

No mesmo despacho, a magistrada também abriu a oportunidade para que outras propostas fossem apresentadas, e foi esse prazo que a Brashop aproveitou para apresentar sua oferta, já que a empresa não havia formulado nenhuma proposta até o prazo estipulado anteriormente para a venda dos bens.

As duas propostas de compra

A oferta final feita pela Nobre, de R$ 35 milhões, contempla uma entrada de R$ 10 milhões, paga à vista, uma parcela de R$ 5 milhões em 20 de dezembro deste ano, e o restante parcelado em quatro vezes anuais de R$ 5 milhões, contemplando um prazo de pagamento de cinco anos. Além disso, a seria paga a comissão à leiloeira.

Já a proposta feita pela Brashop, no valor de R$ 36 milhões, contempla o pagamento de entrada de R$ 21 milhões à vista, e o saldo restante dividido em parcelas mensais de R$ 1 milhão, totalizando um prazo de pagamento de um ano e meio.

A oferta da Brashop, entretanto, não faz referência ao pagamento de comissão à leiloeira, e estipula que os bens devem estar livres de qualquer ônus, inclusive os de natureza tributária, exigência que não consta na proposta da Nobre.

Os bens da Renaux em disputa

Os bens que estão em disputa, que foram avaliados em R$ 70 milhões, comportam todo o patrimônio imobiliário da Renaux, incluindo a sede da fábrica, na avenida Primeiro de Maio, e terrenos em Blumenau, Itajaí e Balneário Camboriú.

O lote também inclui máquinas, móveis e equipamentos eletrônicos, além da histórica residência conhecida como Villa Ida.

O empresário Cisso adiantou ao jornal O Município que, homologada a sua proposta, pretende preservar as instalações da fábrica, e alugá-las para empresas do ramo têxtil. A Brashop ainda não informou os planos para o complexo, caso sua oferta seja declarada vencedora.

Pouco tempo atrás, a empresa também adquiriu o parque fabril da Companhia Industrial Schlösser, por R$ 26 milhões, onde funcionará um complexo empresarial.

O dinheiro da venda, independente de qual seja a proposta, será depositado na conta vinculada ao processo de falência, para pagamento dos credores da fábrica, com prioridade para os trabalhistas.

 

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