A primeira eleição em Guabiruba, que ocorreu em 1962, ostenta até hoje o recorde de vereador mais votado proporcionalmente. Envino Dirschnabel recebeu 206 dos 1667 votos válidos na época, o que representou 12,78% do eleitorado.

No ano da fundação do Legislativo guabirubense, em 1963, foi criado o regimento interno da Câmara, determinando os trâmites para o desenvolvimento das sessões. 

O Hino de Guabiruba, por outro lado, foi criado seis anos depois, já na segunda legislatura – a primeira durou de 1963 a 1967. O Legislativo fez uma homenagem a José Nilo Valle, autor da composição do hino, na sessão em que o projeto de lei foi aprovado. Valle recebeu o título de cidadão honorário pelos serviços prestados em 1977, e voltou a ser homenageado em sessão solene em 2002.

Um importante avanço tecnológico e de transparência para a época aconteceu em 1987, quando foi feito o desmembramento do setor contábil da Câmara. Já em 1990, durante a primeira legislatura após o fim da ditadura militar, foi aprovada a Lei Orgânica de Guabiruba. Ela passou por uma reforma 15 anos depois de sua assinatura inicial, e, no ano seguinte, foi revisto o regimento interno da Câmara Municipal.

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Em 1993, Guabiruba passou a ser denominada “Terra do Tecelão” – isto porque os primeiros tecelões de Lodz, então uma região industrial alemã, hoje pertencente a Polônia, se instalaram na região do Sternthal em 1889.

A primeira mulher presidente da Câmara de Guabiruba foi Maria Boos Kormann, em 1997, que assumiu de forma interina, por 30 dias, a vaga do licenciado Valério Gums. Atualmente, a casa é presidida por uma mulher, Rosita Kohler, a primeira efetivamente eleita, em 2018. Elas foram as primeiras eleitas no município, em 1996.

Em 2016, a galeria das vereadoras foi criada na casa para homenagear as mulheres representantes do Legislativo guabirubense. Bernadete Boos Kormann, Maria Gorete Debatin e a  atual presidente da Câmara, Rosita Kohler, foram as homenageadas. Além delas, foram convidadas as suplentes Vanete Comper, Elecir Gums e Ilhane Pruner.

Maria Gorete, Rosita Kohler e Bernardete Boos Kormann foram as homenageadas na galeria das vereadoras | Foto: Valci S. Reis/Prefeitura de Guabiruba

A atual sede da Câmara foi inaugurada no aniversário da cidade em 10 de junho de 1998. No local, também foi abrigado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Guabiruba, a Secretaria de Agricultura e a Epagri. Em 2010, a sede foi estilizada em design germânico.

Em 1999, em uma sessão realizada em agosto, sete dos nove vereadores efetivos solicitaram licença dos seus cargos por 30 dias, um fato bastante notório até para os dias de hoje.

Pela primeira vez desde a criação do municípios, em 2005, dois vereadores pediram licença para assumir secretarias municipais: Paulo Schaefer e Osmar Vicentini.

Em 2007, a Câmara conferiu os títulos de cidadão benemérito do município a Egon Klefenz, prefeito da cidade de Karlsdorf-Neuthard, na Alemanha, e de comenda ao mérito ao empresário Pedro David Schmitt, representantes das associações de intercâmbio entre o sul do Brasil e Alemanha. Três anos depois, Guabiruba e Karlsdorf-Neuthard foram reconhecidas como cidades co-irmãs.

A partir de agosto de 2009, as sessões da Câmara de Vereadores passaram a contar com uma televisão. No mesmo ano, veículos de comunicação da região foram homenageados: pelos 55 anos do Jornal O Município, 63 da rádio Araguaia, 22 da Folha de Guabiruba, além da fundação do Guabiruba Zeitung.

Televisão foi instalada nas sessões a partir de 2009 | Foto: Câmara de Guabiruba/Divulgação

Dois anos depois, um raro momento aconteceu na Câmara de Guabiruba: a rejeição de um projeto de alteração da lei orgânica do município, que aumentava o número de vereadores de nove para 11 na Câmara Municipal. Ainda no mesmo ano, foi criada a Fundação Cultural de Guabiruba.

Cinco anos depois, a Câmara de Guabiruba realizou pela primeira vez uma sessão itinerante, no bairro Aymoré. Mais recentemente, em 2018, projetos de lei foram aprovados para que o Pelznickel e a cuca fossem considerados patrimônio cultural e histórico material do município.

  • Osmar Seubert (1963-1967)
  • Erico Truppel (1967-1969)
  • Ivo Fischer (1970-1971)
  • Edelberto Erthal (1972-1973)
  • Anilberto Kohler (1973-1975)
  • Ludovino Paulo Boos (1957-1977)
  • Wilson Antônio Gums (1977-1981)
  • Valério Luiz Maffezzolli (1981-1982)
  • Henrique Gregório Eberle (1982-1984)
  • Egon Schweigert (1984-1985)
  • Antônio Stedile (1985-1986)
  • Marcos Habitzreuter (1986-1987)
  • Manoel Damázio Pereira (1987-1988)
  • Jorge Luiz Kohler (1989-1990)
  • João Baron (1991-1992)
  • Osmar Vicentini (1992-1994)
  • Vilmar Gums (1995-1996 e 2011-2012)
  • Valério Gums (1997-1998)
  • José Vicente Baron (1998)
  • José Leopoldo Rieg (1999, 2001 e 2004)
  • Cesário Martins (2000)
  • Márcio Gums (2002)
  • Sérgio Kohler (2003)
  • Carlos Odisi (2005)
  • Angelo Menegazzo Neto (2006)
  • Sergio Baumgartner (2007)
  • Armando Dalbosco (2008)
  • Matias Kohler (2009-2010)
  • Waldemiro Dalbosco (2013-2014)
  • Felipe Eilert dos Santos (2014-2016)
  • Cristiano Kormann (2017-2018)
  • Rosita Kohler (2019-2020)

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Leia também:

– Introdução: Construtores da História
– Bastidores políticos: a criação do município
– A instalação do Executivo: prefeito eleito por notáveis
– Instalação do Legislativo: seis meses depois 
– Henrique Dirschnabel, o primeiro prefeito
– Carlos Boos: fundamental na emancipação
– Vadislau Schmitt: mudança de ares
– Ivo Fischer: com a política no DNA
– João Baron: época de abertura
– Guido Kormann: mandato de reconstrução
– Valério Maffezzolli: prefeito na Democracia
– Orides Kormann: primeiro dos três mandatos
– Luiz Moser: foco em educação e saúde
– Orides Kormann: novos mandatos, novas demandas
– Matias Kohler: aposta no desenvolvimento sustentável