Fragmentos da história da Fundação Educacional de Brusque – Parte I
Fragmentos da história da Fundação Educacional de Brusque – Parte I
- Por Rosemari Glatz
- 18/04/2019
- 4:45
Idealizada pelo padre professor doutor Orlando Maria Murphy, já se passaram mais de 46 anos desde a criação da Fundação Educacional de Brusque (Febe).
Milhares de pessoas já se formaram e continuam a estudar na instituição, seja a nível de ensino médio, graduação ou pós-graduação.
São gerações que já alcançam avós, filhos e netos e que, junto com a comunidade regional, reconhecem a instituição como “a nossa faculdade”.
Marco leal de instituição da Febe
A Fundação Educacional de Brusque (Febe) foi instituída pela Lei nº 527, de 15/01/1973, assinada pelo prefeito de Brusque, José Germano Schafer. Seu funcionamento foi regulamentado pelo decreto municipal nº 646, de 08/08/1975 e atualmente a instituição é regida por estatuto aprovado pelo Ministério Público.
Possui autonomia administrativa, financeira e disciplinar. Ao longo da sua história, a Febe sempre contou, entre os seus colaboradores, tanto em cargos diretivos como em seu corpo docente, com membros da Congregação dos Padres Sagrado Coração de Jesus, fundada pelo padre Leão João Dehon em 28/06/1878, na França, mais conhecidos como dehonianos.
Escola Superior de Estudos Sociais (Eses)
No mesmo ano da sua criação, ainda em 1973, a Fundação Educacional de Brusque se tornou mantenedora da Escola Superior de Estudos Sociais (Eses) que, através do curso de Estudos Sociais, habilitava professores para o ensino de Educação Moral e Cívica. No ano de 1976, a Eses lançou o seu segundo Curso Superior, o curso de Licenciatura de Primeiro Grau.
O primeiro presidente da Febe
O padre Orlando Maria Murphy foi o primeiro presidente da Febe. Ele também foi cofundador e o segundo Reitor da Furb (Blumenau), cofundador da Unidavi (Rio do Sul) e da Unerj (Jaraguá do Sul). Exerceu o cargo de vice-presidente do Conselho Estadual de Educação, além de ser diretor dos Colégios São Luiz e Honório Miranda, em Brusque. Natural de Indaial, era sociólogo com formação na Bélgica e Itália. Durante 12 anos esteve à frente da gestão da instituição, e dedicava grande parte do seu tempo à educação. Com o apoio da comunidade conduziu a instituição com espírito de educador. Acreditou, e junto com a comunidade, lutou, persistiu e realizou. O padre Orlando Maria Murphy faleceu em 1985, deixando um lema que continua atual: “A educação é o investimento mais rentável que um Povo realiza”.
O segundo presidente da Febe
Em 1985, o padre Pedro Canísio Rauber assumiu a presidência da Febe e como diretor da Eses. Permaneceu na condução da instituição até 1990. Ele também era filósofo com formação na Europa.
Durante muitos anos a instituição ofereceu apenas os cursos de Estudos Sociais e de Licenciatura de Primeiro Grau. Mas, em 1987, durante os cinco anos de gestão do padre Pedro Canísio Rauber, a Febe firmou convênio com a Furb e a oferta de cursos foi ampliada. Foram criados os cursos de Administração e Pedagogia. Na sua gestão também foi inaugurada a primeira sede própria, o anfiteatro.
O anfiteatro da Febe
A obra do anfiteatro foi iniciada na gestão do prefeito Alexandre Merico, em terreno doado pela prefeitura à Febe, por meio do decreto 787/1977. A construção da primeira sede própria foi logo iniciada pela Febe, porém, por falta de recursos, a obra foi paralisada em 1979. Em 1985, o então prefeito José Celso Bonatelli se dispôs a ajudar e dar continuidade a construção. Em 30/04/1987, com o apoio da prefeitura e trabalho constante por docentes, diretores, conselheiros e comunidade em geral, foi inaugurada a primeira sede própria da Fundação Educacional de Brusque, ainda existente. Trata-se do anfiteatro da Febe, localizado na rua Manoel Tavares, Centro, mais conhecido como “anfiteatro do Centro Universitário de Brusque (Unifebe)”.
Continua na próxima semana.