Lembo-me muito bem daquele começo de julho de 1983 que foi de dificuldades e muita angústia para a população do Vale do Itajaí. No dia 6 daquele mês, teve início a chuva forte na nossa região e uma das cidades mais atingidas foi Blumenau, o rio Itajaí-Açu atingiu pico máximo de 15 metros, sendo que por 5 dias seguidos, o nível permaneceu acima dos 11 metros naquela cidade.

Rua Paraiba. Foto foi enviada por Dieter Hüskes

A enchente de 1983 matou 49 pessoas e deixou 197.790 mil desabrigados em 90 municípios catarinenses, segundo dados da Defesa Civil do estado. Para se ter uma ideia da dimensão da tragédia, a Prefeitura de Blumenau ficou completamente ilhada.

Foto foi feita por um membro da família Marx.

Muitas casas foram arrastadas, pessoas tiveram que se abrigar em sótãos, em marquises. Faltou água e comida. No centro ou nos bairros, o cenário era desolador. Não havia energia, água potável ou telefone. Quem podia, ajudava. Conforme a Defesa Civil, as cidades mais atingidas foram Blumenau, Itajaí e Rio do Sul.

(Foto: Fundação Cultural de Blumenau/Arquivo Histórico José Ferreira da Silva)
Visão à partir da Prefeitura. Av. Castelo Branco. Foto foi feita por um membro da família Marx  
Avenida Beira-Rio. Foto foi feita por um membro da família Marx  
Foto Artur Moser

Na minha visão, aquela enchente de 1983 foi uma das piores senão a pior catástrofe climática ocorrida aqui no Vale do Itajaí em termos de danos. Por sorte ou pela ajuda de Deus, Brusque não sofreu grandes transtornos com o nível Rio Itajaí Mirim, que por sinal subiu também, mas não a ponto de causar problemas sérios aos brusquenses.

A capacidade de reconstrução da população atingida naquela ocasião superou os fatos do desastre. Que fique aqui este exemplo de que nunca é tarde para recomeçar.