29ª Fenarreco chega ao fim com público recorde

Recorde de público e tradicionais bandas animaram o último fim de semana da festa

29ª Fenarreco chega ao fim com público recorde

Recorde de público e tradicionais bandas animaram o último fim de semana da festa

Mais de 133 mil pessoas passaram pelo pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof durante os dez dias de festa, segundo a organização. A estatística ainda não foi totalmente contabilizada, e os dados excluem o público de domingo. As milhares de pessoas que compareceram ao último fim de semana da 29ª Fenarreco se animaram ao som de tradicionais bandas que passaram pelos palcos da festa.

O secretário de Turismo, Norberto Maestri, o Kito, considera que, ao serem finalizadas as estatísticas, o aumento de público registrado estaria em torno de 20%, em relação ao ano passado, um recorde. “Houve crescimento significativo do resgate da gastronomia, que superou as expectativas”, afirma Kito. Os dias 9, 11, 12 e 18 de outubro foram os que registraram a maior quantidade de público, sendo que o recorde foi alcançado nesse último: 26,8 mil pessoas em um único dia (a contagem começa às 11h).

Em relação à venda de bebidas, o número final também não foi, ainda, contabilizado oficialmente, mas o secretário acredita que a quantidade vendida ficou na mesma faixa registrada em 2013.

Em sua avaliação sobre o evento – que foi encerrado com a escolha da realeza da 30ª Fenarreco -, o secretário destaca alguns pontos que se sobressaíram. “O primeiro diz respeito ao resgate dos trajes típicos. Tivemos, durante a festa, mais de 60% das pessoas usando-os, um número muito grande”, afirma.

“Também percebemos um número muito grande de famílias participando”, avalia, “e os turistas ficaram muito surpresos com a festa, com o ambiente que encontraram aqui”, conclui.

Atrações diversas

No espaço principal do pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, uma das atrações do último fim de semana foi a Banda do Barril, que toca na Fenarreco desde a sua fundação, há 21 anos. Composta por dez músicos, o grupo viaja o Brasil tocando diversos estilos durante o ano, mas, em outubro, o ritmo passa a ser apenas um: o tradicional alemão. Nessa época, a Banda do Barril chega a fazer em torno de 15 shows e para isso é preciso uma grande preparação, como afirma o líder da banda, Marco Aurélio Rosa. “Outubro é o pico de apresentações no ano. Começamos a planejar o repertório ainda em julho, pois sempre é preciso fazer um show novo, com novas atrações para não cair na mesmice”. O diferencial desse ano foi a presença de um dos músicos interpretando Elvis Presley.
Com uma larga experiência em festas alemãs e uma longa estrada na própria Fenarreco, Rosa comenta que a festa em Brusque é diferente das demais. “É sempre muito bom tocar aqui. A Fenarreco já passou por altos e baixos, mas, atualmente, a festa está excelente. Não se tem uma preocupação com a quantidade e, sim, com a qualidade. O público sempre nos recebe com muito carinho e a alegria que conseguimos passar para ele é recíproca”.

Irreverência no palco

É assim que o líder da banda, Ingo Penz, define a Choppmotorrad. A banda leva o nome de um dos veículos tradicionais dos desfiles da Oktoberfest, em Blumenau. Penz, que também é um dos construtores do Choppmotorrad, afirma que já foram distribuídos mais de 300 mil chopes com o veículo desde 1986. Desse gosto pela cultura alemã, também veio a vontade de montar uma banda, mas a aposta foi em um resgate histórico de instrumentos alemães. “Em 2007, fiz esse resgate desses instrumentos atípicos trazidos pelos nossos imigrantes e montamos a banda. A exemplo disso, temos o ‘bassbret’, que tocamos com uma vassoura”.

Esse diferencial da banda, além de trazer reconhecimento – a Choppmotorrad representou o Brasil em duas festas da Argentina -, também desperta a curiosidade do público. “Em Brusque, o público é sempre muito atento e exigente quanto às músicas. Percebemos também que há uma certa curiosidade quanto aos instrumentos e aos ritmos que tocamos”, afirma Penz.

Aula na Fenarreco

Quem também se divertiu e dançou ao ritmo tradicional alemão foi um grupo de estudantes de Turismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os alunos participaram da Fenarreco com o objetivo de fazer uma análise sobre a cultura germânica. “Essa é uma visita técnica para fazermos uma análise dentro dos aspectos culturais e simbólicos. Optamos pela Fenarreco por ser uma festa em que as manifestações simbólicas da cultura alemã, como raízes, gastronomia, música e dançam estão mais presentes que na Oktoberfest”, explica o professor que acompanhou a turma, Izac de Oliveira Belino Bonfim.

 

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