Uma árvore chama a atenção no Lageado Baixo, em Guabiruba. Há mais de 100 anos, nas proximidades do campo de futebol, bem no coração do bairro, a imponente árvore proporciona muitas memórias aos moradores.

Embaixo de sua sombra, muitas gerações já brincaram e hoje ela serve de decoração para uma choperia.

O aposentado Braulino Batschauer, 77 anos, tem boas recordações da grande árvore. Ela sempre esteve no terreno de sua família e, desde a época de seu avô, embeleza o local. “Tenho 77 anos e ela sempre esteve ali. Não sei se foi meu avô que plantou ou se nasceu sozinha. Já deve ter uns 110 anos”, conta.

Dolores e Braulino Batschauer se orgulham da árvore centenária no terreno da família / Foto: Bárbara Sales

Seu Braulino lembra que muitas brincadeiras foram feitas aos pés da árvore, a principal delas, o balanço. “A gente brincava muito, botava o balanço e passava horas aqui”.

Dolores Batschauer, 75 anos, esposa de Braulino, também tem bonitas recordações do Angelim que dá belas flores vermelhas na Primavera. “Eu lembro bem da árvore desde pequena. Ela já era assim, pra mim não mudou nada”, diz.

Hoje, o neto do casal, Michel Francis Romani, é o responsável por preservar a grande árvore. Há um ano, ele decidiu abrir uma lanchonete e choperia no terreno doado por seu Braulino e manteve o grande Angelim lá, intacto.

O estabelecimento foi construído em volta da árvore. Diariamente, os clientes que vão até o local se encantam e podem até fazer refeições embaixo de sua sombra.

“Ficou muito bonito, à noite fica toda iluminada. Não conheço outra árvore igual a essa por aqui”.

Seu Braulino conta que se dependesse de outras pessoas, a árvore já estaria no chão. No entanto, ele faz questão de mantê-la em pé, exatamente como a conheceu, em sua infância. Se depender dele, a árvore centenária permanecerá embelezando o Lageado Baixo, por muitos e muitos anos. “Nós vamos, e ela fica”, afirma.