Abel chega às semifinais ao derrotar Unochapecó, na Superliga B

Em um jogo de muitas variações, time de Brusque consegue vantagem e vence por 3 sets a 1

Abel chega às semifinais ao derrotar Unochapecó, na Superliga B

Em um jogo de muitas variações, time de Brusque consegue vantagem e vence por 3 sets a 1

Jogo ocorreu na noite deste sábado, 18, na Arena BrusqueO time da Abel/Havan/Brusque garantiu uma vaga nas semifinais ao vencer o ACV/UnoChapecó/Orbenk por 3 sets a 1, na noite deste sábado, 18, na Arena Brusque. As parciais da partida foram: 25 a 22, 25 a 23, 22 a 25 e 25 a 11. No jogo anterior, em Chapecó, a equipe comandada pelo técnico Maurício Thomas conseguiu levar a melhor fora de casa por 3 a 0.

A partida foi bastante atípica, com muitas variações, pois teve momentos muito diferentes nos sets. Nos jogos anteriores ou a Abel dominava nos sets ou era dominada pelo adversário. Desta vez, algumas vezes o time da casa foi muito superior, mas em outras, Chapecó se saiu melhor.

O que fez a diferença para as garotas de Brusque foram as duas pontuadoras Elizabeth, camisa 7, e Solange, 12, que viraram bolas muito difíceis. As atletas pegaram as bolas que vinham meio ‘enforcadas’ da levantadora e ainda assim, conseguiram colocá-las no chão.
As meninas da Abel também forçaram muitos saques durante a partida, que é algo que o técnico vem tentando corrigir a algum tempo. Muitas vezes, o momento era de apenas colocar a bola em jogo, mas acabavam perdendo cinco a seis pontos por set, por tentar forçar quando não era necessário.

Já o principal destaque no time do Oeste do estado foi o trio de defesa, que conseguia defender, praticamente, todas as bolas. Só perdia o ponto quando a Abel batia muito forte, mas ainda assim, algumas vezes pegavam. Como as atacantes do time da casa optavam pela ‘largadinha’, facilitava ainda mais para a defesa da UnoChapecó.

O técnico Maurício Thomas afirma que os dois times têm características muito semelhantes. “São times de volume de jogo, de defesa e contra-ataque. Eles [adversário] têm uma atacante muito boa, a número 4 [Talia], que recebe a maioria das bolas e é muito difícil parar. No primeiro jogo conseguimos pará-la sacando bem, mas nesse jogo não conseguimos tanto, mas ainda assim fomos felizes”, analisa.

Primeiros sets

O primeiro set foi um dos mais equilibrados de todo o jogo. Os times disputaram ponto a ponto, sem muita supremacia e a Abel saiu vitoriosa, com 25 a 22. Já no segundo set teve um momento em que a Abel manteve o time equilibrado até pouco mais da metade, mas se desconcentrou e deixou Chapecó abrir 22 a 17.

Nessa hora o set parecia perdido para as meninas de Brusque, mas o time conseguiu emplacar uma sequência de saques e defesas até empatar em 22 a 22, e assim virar e vencer por 25 a 23. “Estávamos perdendo de uma diferença muito grande, até que entrou a Rafaela e a Gabriela e viraram o jogo, conseguindo uma vantagem”, comenta o técnico.

O terceiro set, a Abel estava com boa vantagem, mas começou a vacilar e a equipe se perdeu completamente, principalmente na linha de defesa, quando a bola vinha no saque de Chapecó e as jogadoras não conseguiam acertar uma bola. Tiveram alguns saques que o time adversário fez na sequência pela desconcentração da defesa de Brusque. “Mesmo assim elas não desistiram. É um time que luta até o final. Foi um jogo de equilíbrio e emocional”, analisa Maurício Thomas.

Descontrole emocional

No set decisivo, a descontração se inverteu e passou para as jogadoras de Chapecó, que foram afetadas pela questão emocional. Afinal, o time não podia perder o quarto set, pois significava dar adeus ao campeonato inteiro, pois já tinham perdido o primeiro jogo da série melhor de três.

Com o descontrole da UnoChapecó, a Abel começou a encaixar o saque e parou de forçar. Com isso, passou a responsabilidade para as jogadoras adversárias, que erraram muito e resultou em um set de 25 a 11. Durante todo o campeonato, Brusque não tinha conseguido uma vitória tão expressiva em um set quanto essa.

Próxima fase

Agora na semifinal, a Abel enfrentará o adversário paranaense BRH-Sulflex/Clube Curitibano, que venceu o ADC Bradesco, pela segunda partida consecutiva, na tarde de sábado, em São Paulo.

Pelos próximos dias, o técnico Maurício Thomas precisará traçar uma estratégia de jogo para enfrentar o rival, que ainda é uma incógnita, o que pode tornar o jogo muito difícil, ou não. O Clube Curitibano ficou em último lugar na classificação na primeira fase, foi o saco de pancada do campeonato, perdendo para quase todos os times, inclusive a Abel.

Porém, na série de três jogos das quartas de final, conseguiu vencer por duas vezes seguidas o Bradesco, que estava em segundo lugar. “Temos agora que cuidar das lesões das atletas, pois a Thayná está com lesão de menisco e permanece jogando. A Dani e Mariana também tem lesão, mas estamos fazendo nosso máximo. Vamos cuidar e tratar pra ver o que vamos fazer”, explica o técnico da Abel.

A outra semifinal será entre o Hinode Barueri e o São Bernardo, ambos de São Paulo, que terminou a fase classificatória na quarta posição, e derrotou o São José dos Pinhais (PR) nas quartas de final por 2 a 0 na série melhor de três. O time de Barueri, por ter conseguido a melhor campanha, avançou direto às semifinais.

A semifinal seguirá o mesmo modelo da fase anterior, com os times mais bem colocados na primeira etapa detentores da vantagem de decidir em casa a disputa por um lugar na grande final, agendada para o dia 10 de abril.

Sonho da Superliga A

O técnico da Abel aposta bastante em seu time e afirma que não entram nunca para perder, mesmo sabendo das limitações. Maurício ressalta que quando entraram na competição, vislumbravam já a Superliga A – principal campeonato de voleibol do país. “A Superliga A é um sonho nosso, entramos com esse objetivo de chegar lá, mas precisamos de investimento financeiro”, pontua.

Ele revela que um dos objetivos ao trazer a Superliga B para Brusque, foi de mostrar para as empresas o quando o voleibol é interessante, que atrai público e dá retorno. “Agora, por exemplo, os quatro jogos das semifinais serão transmitidos pelo Facebook da Confederação Brasileira do Vôlei para o mundo inteiro. Então vamos levar o nome de Brusque para todo o mundo e isso desperta muito para as empresas que nos apoiam, pois tem muita visibilidade”, diz.

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