ABO critica dentistas pelo uso de publicidade irregular em Brusque

Procurador jurídico do CRO-SC, Edson de Carvalho, esclareceu as dúvidas dos profissionais

ABO critica dentistas pelo uso de publicidade irregular em Brusque

Procurador jurídico do CRO-SC, Edson de Carvalho, esclareceu as dúvidas dos profissionais

A Associação Brasileira de Odontologia (ABO) seccional Brusque reuniu dentistas do município para discutir as infrações ao Código de Ética da categoria. O ponto que mais preocupa a associação e também o Conselho Regional de Odontologia (CRO) é a publicidade realizada por alguns profissionais.

“Alguns profissionais cometem infrações e somos muito cobrados pelos demais dentistas para tomar uma atitude sobre o assunto. O Código de Ética tem regras e diz o que pode e o que não pode se fazer dentro da profissão”, diz o presidente da ABO Brusque, Conrado Vargas Hirt.

O principal problema, segundo ele, é o anúncio de preços pelos serviços realizados pelos profissionais e também a panfletagem realizada por alguns consultórios e clínicas. “Também temos conhecimento de consultórios que fazem o aliciamento de pacientes, ligam para a casa das pessoas, dizem que foram sorteados em um promoção para poder conquistar novos pacientes. Isso é vetado pelo código de ética da nossa profissão”.

Para discutir o assunto, a ABO, em parceria com o CRO, realizou uma palestra na noite de terça-feira, 17, no Centro Empresarial de Brusque, com o coordenador de fiscalização e procurador jurídico do CRO-SC, Edson Carvalho.

“Como o recém-formado já sai direto para o mercado de trabalho, muitas vezes, por falta de conhecimento, realiza essas infrações. A ideia da palestra é conscientizar os profissionais do município e sanar todas as dúvidas com relação a essa questão da publicidade. Também queremos orientar os profissionais sobre o trabalho de fiscalização realizado pelo CRO”, diz o delegado regional do CRO Brusque, Charles Albani Dadam.

Segundo ele, o uso indevido da publicidade pelos profissionais da odontologia é comum no município. “Geralmente, os administradores das clínicas populares não são dentistas, os profissionais são apenas contratados para realizar o serviço odontológico, todo o trabalho de marketing é com a clínica e o dentista nem sabe como funciona, que podem estar ferindo o código de ética”.

Dadam destaca também que o CRO está mudando a sua postura com relação a fiscalização. “A nossa política hoje é orientativa, essa é a ideia que o conselho vem adotando nos últimos meses”.

Hoje, o município conta com 240 dentistas habilitados, desses, 70 são associados à ABO.


Infrações ao Código de Ética Odontológica

  • Anunciar preços, serviços gratuitos e modalidades de pagamento, ou outras formas de comercialização que signifiquem competição desleal ou que contrariem o disposto no Código;
  • Anunciar ou divulgar títulos, qualificações, especialidades que não possua ou que não seja reconhecida pelo CRO;
  • Anunciar ou divulgar técnicas, terapias de tratamento, área de atuação, que não estejam devidamente comprovadas cientificamente, assim como instalações e equipamentos que não tenham seu registro validado pelos órgãos competentes;
  • Oferecer consulta, diagnóstico ou prescrição de tratamento por meio de qualquer veículo de comunicação de massa, bem como permitir que sua participação na divulgação de assuntos odontológicos deixe de ter caráter exclusivo de esclarecimento e educação da coletividade;
  • Aliciar pacientes, praticando ou permitindo a oferta de serviços através de informação ou anúncio falso, irregular, ilícito ou imoral, com o intuito de atrair clientela;
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