Adolescentes são retirados de festa eletrônica em Guabiruba

Após denúncias, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar foram ao local e encontraram 16 menores de idade na casa noturna

Adolescentes são retirados de festa eletrônica em Guabiruba

Após denúncias, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar foram ao local e encontraram 16 menores de idade na casa noturna

Dezesseis adolescentes foram retirados de uma festa eletrônica na madrugada de domingo, 17, no bairro Imigrante, em Guabiruba. A ação aconteceu depois que o Conselho Tutelar da cidade recebeu diversas denúncias de que menores de idade estavam frequentando o local e lá tinham livre acesso a bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. O organizador da festa nega as informações e diz que no local haviam apenas oito menores.

De acordo com Nilcea das Graças Garcia de Souza, presidente do Conselho Tutelar de Guabiruba, quando iniciaram a operação, por volta de 1h, mais de 100 pessoas fugiram pelos fundos e entraram no matagal para se esconder, e não foi possível localizá-los depois. “Mesmo com a ajuda da PM, estávamos em 13 pessoas, sendo três conselheiros e dez policiais, então não tivemos como conter todos os jovens da festa”, revela. Além disso, o Corpo de Bombeiros também foi ao local conferir a capacidade de pessoas que a casa noturna poderia comportar, mas ela estava dentro dos limites estipulado pelo órgão.

A conselheira explica que entre os adolescentes recolhidos, 11 deles acabaram se dispersando e apenas sete ficaram no local e foram encaminhados às suas casas. “Cinco deles são aqui da cidade e os outros dois são de Brusque. Nós chamamos seus pais e responsáveis, porém nem todos atenderam, afinal, isso aconteceu de madrugada. Alguns deles foram embora com irmãos mais velhos que estavam no local”, conta.

Douglas Andreolla, um dos responsáveis pela festa, afirma que há o controle da entrada de menores de idade. Ele afirma que estavam no local apenas oito adolescentes, mas todos eles eram acompanhados de outra pessoa maior de idade, que assinaram um termo de responsabilidade na portaria do evento. Ele nega que esses jovens tinham acesso liberado a bebidas alcooólicas, pois de acordo com o empresário, todos eles têm uma fita colocada no pulso que identifica os menores e, portanto, o produto não é vendido a eles no bar.

Sobre o cancelamento da festa, Andreolla afirma que o Corpo de Bombeiros permitiu que a festa continuasse, porém, policiais militares intimidaram os organizadores e DJs do evento. “Eles disseram pra gente acabar com a música e fechar a casa. Inclusive, um policial à paisana colocou uma arma no rosto de um dos nossos DJs, por isso, fomos obrigados a fechar a casa e mandar as pessoas embora. Tive um prejuízo de quase R$ 30 mil”, conta.

“As pessoas saíram correndo”

Porém, uma jovem que frequentava a festa e preferiu não se identificar, disse que a ação foi pacífica, policiais e conselheiros entraram no local e começaram a pedir os documentos das pessoas e, de onde ela estava – no segundo piso da casa noturna -, ela viu várias pessoas fugindo pelos fundos e entrando no mato. “Eu vi pelo menos 20 pessoas, entre homens e mulheres, sair correndo. Outras tentavam entrar nos banheiros, mas não sei se de fato havia drogas no local”, conta a garota.

O organizador da festa nega que isso ocorreu e afirmou em nota publicada na página oficial do evento no Facebook, que após a fiscalização, eles foram reprimidos pela PM e irão entrar com um processo administrativo contra o órgão na corregedoria, para que investiguem o fato. De acordo com o tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro, comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, a operação ocorreu dentro dos procedimentos da PM e não há relatos de incidentes envolvendo o uso da força ou de armamento na operação. Ele também garante que, caso haja indícios de que algum policial tomou alguma atitude abusiva, o empresário pode fazer a denúncia e buscar seus direitos.

Nilcea garante que após a identificação dos adolescentes, a casa tinha a liberação para continuar a festa. O comandante da PM afirmou que diante das denúncias que o evento recebeu, um relatório será enviado ao Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) para que o órgão tome as providências necessárias.

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