Agente afirma que também foi vítima de falso policial

José Eduardo Janeczko diz que foi induzido ao engano e que não houve má-fé

Agente afirma que também foi vítima de falso policial

José Eduardo Janeczko diz que foi induzido ao engano e que não houve má-fé

O agente José Eduardo Janesczko procurou o Município Dia a Dia para esclarecer o seu envolvimento com Fabiano Cesari – preso no dia 21 por passar-se por policial civil. O policial afirma que foi enganado e que em momento algum acobertou qualquer tipo de atividade ilícita.

Na reportagem sobre o caso, veiculada no dia 24, Janesczko negou que conhecesse Cesari. Contudo, ele justifica que estava nervoso no momento. “Como o repórter insistia, diante do estado das emoções, simplesmente, falei que não sabia de nada e, na insistência, de ímpeto, falei que não conhecia a pessoa que foi presa”, diz. Ele confirma que conhece Fabiano Cesari e que de fato estava com ele.

Fatos

O agente conta que conheceu Cesari por meio de uma prima dele, que é guarda de trânsito em Brusque. Por meio dela, ele afirma que se tornou amigo do falso policial no Facebook. “Pelas fotos que vi ali, Fabiano no helicóptero da Polícia Civil, fazendo treinamentos com policiais, tendo vários cursos e sempre estar rodeado de policiais, fui me convencendo inocentemente que de fato Fabiano era policial”, explica.

Numa blitz realizada na rodovia Antônio Heil, a mulher falou que o primo trabalhava na Polícia Civil de Itajaí e que estava vindo para Brusque. Como Janesczko trabalha sozinho no setor de jogos e diversões da Delegacia Regional de Polícia (DRP), resolveu chamar Cesari para dar apoio numa fiscalização de um bar considerado “barra pesada”. Segundo ele, o falso policial apenas prestou apoio e não sacou a arma.

Em seguida, eles saíram dali e pararam em frente à Havan, onde estavam dois policiais militares à paisana. Janesczko diz que um deles chegou a chamar Cesari pelo nome, o que demonstrou intimidade e reforçou a crença de que nada estava errado. Depois de conversarem um pouco, Cesari desmaiou. Neste momento, um dos PMs chamou o agente e perguntou se o companheiro (Cesari) era policial mesmo. “Respondi que, pelo que sabia, era. Mas me comprometi a averiguar a situação na segunda-feira e passar para o PM e, se houvesse algo irregular, comunicaria meu superior”, diz.

Quando Cesari acordou, disse que não havia comido e eles foram lanchar, já junto com a guarda de trânsito, prima do falso policial. Eles foram até uma casa noturna, onde o agente Janesczko fez uma fiscalização e, na volta, pararam na Planeta Funk, pois uma viatura da Polícia Militar vinha atrás. Quando o trio desceu do carro, os policiais militares abordaram o falso policial, que confessou a farsa. “Eu fiquei chocado. O Fabiano juntava as mãos pedindo perdão e dizendo que no final da noite contaria a verdade”, afirma.

Janesczko foi junto com os PMs e Cesari para a delegacia e diz que contou esta mesma história para o delegado de plantão, delegado Juscelino Boos. O agente diz desconhecer o motivo da mentira de Cesari e que espera que este engano não manche a sua carreira.

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