Agricultores de Guabiruba e Botuverá são prejudicados pelo forte calor e a falta de chuva

Produtores de fumo, milho e hortaliças contabilizam os maiores prejuízos

Agricultores de Guabiruba e Botuverá são prejudicados pelo forte calor e a falta de chuva

Produtores de fumo, milho e hortaliças contabilizam os maiores prejuízos

Desde meados de janeiro, os agricultores de Guabiruba e Botuverá começaram a contabilizar os estragos causados pelas altas temperaturas e pela falta de chuva na região.

O secretário de Agricultura de Guabiruba, Moacir Boos, afirma que os produtores do município começaram a reclamar dos prejuízos há algumas semanas. “Estamos recebendo muitas reclamações dos agricultores, principalmente os que plantam hortaliças e o milho. Alguns já estão sem nada porque a seca matou tudo”, diz.

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A situação é semelhante em Botuverá. O prefeito do município, José Luiz Colombi, o Nene, afirma que os mais prejudicados são os produtores de milho e fumo. “Não é nem tanto o problema do calor, mas a falta de chuva. As pessoas que têm a colheita de fumo na parte alta da cidade e também os que plantaram milho estão sendo prejudicados. Muitas pessoas plantam milho no município e a colheita da safrinha que é agora é que está com mais problemas”, diz.

O agricultor Vili Baumgartner é uma das pessoas que já sente no bolso os efeitos da falta de chuva. Morador da Planície Alta, em Guabiruba, toda a sua plantação de hortaliças foi atingida. “Acabou tudo. Não sobrou nada de hortaliça, está tudo secando”, conta.

Mesmo irrigando a plantação com o chafariz durante toda a noite, a quantidade de água não está sendo suficiente para aliviar as altas temperaturas. “Molhamos a noite toda com água da cachoeira, mas não está adiantando. Não é igual a água da chuva”, diz.

Outro cultivo que está bastante prejudicado na propriedade de Vili é o do milho. O agricultor plantou a semente no dia 18 de janeiro em duas grandes áreas, mas com a seca, acredita que não vai ter o que colher. “Só nessa área daria uns 100 sacos de milho. Era para o milho estar com mais de um metro, mas morreu tudo. Espero que a chuva não demore para vir, assim quem sabe posso recuperar alguma coisa, mas é difícil”, destaca.

A situação é parecida também nos pesque-pague do município. Segundo a proprietária do Pesque e Pague Dirschnabel, Bernadete Dirschnabel, entre 60 e 70 quilos de peixes são perdidos por dia no local. “Já morreram alguns quilos desde que esse calorão começou. Como não tem chuva, a água não circula, a temperatura esquenta e falta oxigênio para os peixes. Estamos perdendo principalmente as carpas, que não resistem ao calor”, conta.

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