Com 100 jogos pelo Brusque, Aírton fala sobre o feito e momentos no clube

Lateral-esquerdo recusou propostas no início do ano e celebra marca; no elenco atual, só é superado por Cleyton.

Com 100 jogos pelo Brusque, Aírton fala sobre o feito e momentos no clube

Lateral-esquerdo recusou propostas no início do ano e celebra marca; no elenco atual, só é superado por Cleyton.

A vitória do Brusque sobre o Metropolitano por 1 a 0 em 28 de fevereiro marcou o 100º jogo do lateral-esquerdo Aírton com a camisa do Brusque. Desde outubro de 2018 no quadricolor, o atleta se mostra totalmente adaptado à cidade onde mora com a família, revela ter recusado propostas e espera se manter no clube por muito mas tempo.

Em seu currículo, Aírton tem nada menos que cinco acessos em divisões do Campeonato Brasileiro. Em 2011, subiu à Série A com o Náutico. Em 2013, conquistou o acesso à Série B com o Sampaio Corrêa. Em 2014, repetiu o feito com o Paysandu. Em 2019 e 2020, subiu à terceira e à segunda divisão, respectivamente, com o Brusque.

No Brusque, Aírton esteve presente em todas as conquistas recentes. Copa Santa Catarina em 2018 e 2019, Série D em 2019 e Recopa Catarinense em 2020. “Isso para mim é muito importante, sabe? A nossa vida é feita de desafios. Eu me desafiei a jogar no Brusque, vou fazer a minha história lá, e graças a Deus to aqui chegando ao meu 100º jogo. E tô muito feliz, que venham mais 100.”

A marca simboliza também sua longevidade no clube. Do elenco atual, Aírton só perde em partidas com o manto quadricolor para Cleyton. O zagueiro esteve em todas as temporadas no Brusque desde 2012 e acumula mais de 160 jogos.

Na Série B de 2021, Aírton voltará a enfrentar o time de coração de sua família: o Confiança (SE). “Minha família já deixou bem claro que é Aírton Futebol Clube. Possojogar contra o Confiança quantas vezes for, já fui várias vezes. E minha família torcendo, vibrando com cada gol da minha equipe”, comenta, bem-humorado.

Chegada

Aírton foi anunciado como reforço do Brusque em 8 de outubro de 2018, vindo do Novo Horizonte (GO), a pedido do treinador, que era seu amigo pessoal. Ele já estava praticamente de malas prontas para ir ao Treze (PB). Foi convencido pelo que lhe havia sido apresentado sobre o potencial do quadricolor para o futuro.

“Foi uma longa conversa com o André [Rezini, diretor de futebol] e o Brusque tava procurando um lateral-esquerdo com as minhas características. Houve uma sondagem sobre quem era Aírton, o extracampo e dentro de campo. E aí encaixei no perfil.”

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Jogador vai à sua quarta temporada com o Brusque | Foto: Lucas Gabriel Cardoso/Brusque FC

Raízes

O Brusque é o clube pelo qual Aírton jogou mais vezes. Suas passagens mais duradouras foram no Porto (PE), Náutico, Paysandu e ASA (AL), mas houve anos nos quais o lateral-esquerdo acabou rodando por diversos clubes. Em uma destas rápidas passagens, também teve sucessos, afinal fez poucos jogos pelo Sampaio Corrêa, onde ficou por menos de três meses, mas ajudou na campanha do acesso à Série B em 2013.

Para chegar ao Brusque e criar raízes, a cidade foi um fator determinante. “Eu me adaptei bem, minha família se adaptou bem e isto pesa muito na nossa permanência aqui. Minha esposa está sempre comigo, Brusque é uma cidade tranquila, uma cidade pacata”, afirma.

Outra razão é o ambiente dentro do clube: “A família que é o grupo do Brusque. Desde que eu cheguei aqui, todos me receberam bem. E o fator família foi o que pesou mais em ficar em Brusque. Vamos colocar que foi 80% [do motivo] para eu estar aqui hoje. E também o trabalho dentro de campo.” Hoje para Aírton, que recentemente recusou propostas de transferências, quanto mais tempo em Brusque, melhor.

Um mau momento

Com sua quarta temporada pelo Brusque em andamento, Aírton pensa em um único momento que considera “complicado”: a goleada de 8 a 1 sofrida para o Volta Redonda em 28 de novembro, pela penúltima rodada da primeira fase da Série C. Foi a maior derrota da história do Brusque como mandante.

“Eu, num dia que sair do Brusque, tenha certeza que eu vou ser torcedor do Brusque, vou ter o mesmo sentimento. E aquele sentimento foi de tristeza. Tem dias que, no futebol, nada dá certo, por mais que você tente, e tente, e tente. Naquele dia, nada deu certo. Foi um momento complicado e, queira ou não, a gente carrega isso junto na nossa história. Então, para mim, foi o único momento chato. Como jogador e torcedor, senti bastante.”

Apesar da derrota histórica, Aírton relata semprehouve um sentimento de união, que acabou blindando a equipe para seguir com os planos de subir à Série B. “Nós, grupo, comissão técnica e diretoria, jamais duvidamos de onde o Brusque poderia chegar. Sabíamos que persistindo no trabalho, os resultados iriam vir. E vieram. Foi outro Brusque contra o Criciúma, contra o Ituano, contra o Vila Nova. A bola voltou a entrar.”

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Aírton comemora o gol sobre o Remo na Copa do Brasil | Foto: Lucas Gabriel Cardoso/Brusque FC

Gols

Aírton marcou quatro gols pelo Brusque desde que chegou. O jogador dá mais prioridade e tem mais gosto pelas suas assistências, mas afirma que o mais especial dos gols foi o segundo na vitória por 5 a 1 sobre o Remo, na segunda fase da Copa do Brasil, em 20 de fevereiro de 2020. “Foi o gol que marcou mais. Eu sempre mando na direção do gol, se não pegar em ninguém, é gol meu. Mas eu cobro na intenção de que nosso atacante chegue antes e desvie.”

Ele também destaca o gol que garantiu a vitória sobre o São Bento (SP), em 18 de outubro, pela 11ª rodada da Série B. As redes foram balançadas no fim do jogo e foram importantes para deixar o Brusque em situação confortável na Série C. Foi a última vitória do quadricolor no ano de 2020. “Foi quando a gente praticamente se classificou.”

Sempre presente

Aírton disputou 51 das 54 partidas do Brusque em 2019 e 39 das 46 na temporada 2020 e, portanto, raramente é um desfalque. Ele conta que sempre buscou cuidar de seu corpo e sua mente para se manter em boas condições de jogo, e espera ter boa concorrência pela posição.

“Se ele [colega de posição] estar bem, eu tenho que estar voando. Tenho uma amizade com o Ronaell [ex-Brusque], e agora com o Alex Ruan. Já joguei contra ele em vários anos e dispensa comentários como jogador, e agora como pessoa estou tendo a oportunidade de conhecer. Para disputar posição com estes jogadores você tem que estar voando, porque a qualidade deles é fora de série.”

“Isso para mim é muito importante, sabe? A nossa vida é feita de desafios. Eu me desafiei a jogar no Brusque, vou fazer a minha história lá, e graças a Deus to aqui chegando ao meu 100º jogo. E to muito feliz, que venham mais 100.”


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