1978, como já descobrimos, foi um ano em que os discos de estreia dominaram, lá fora. Mas, no Brasil, a coisa foi diferente. 78 foi mais um ano de novos trabalhos de nomes reconhecidos do que um ano de grandes novidades. Um ano de hinos.

Entre os que se tornaram mais conhecidos com o tempo, uma estreia é a exceção dessa história: 78 foi o ano em que Zé Ramalho lançou seu primeiro disco. E é nele que estão alguns de seus maiores hits, como Avôhai e Chão de Giz. Se é para ter um representante… que ele seja realmente representativo. É o caso. Zé Ramalho é a cara do final dos anos 70.

Entre os melhores do ano, não tem como não colocar o disco que Chico Buarque lançou em 78. Mais um daqueles discos que levam o nome do compositor/cantor, é neste disco que temos, entre outras perfeições, Trocando em Miúdos e Pedaço de Mim – e, finalmente, a liberação de Apesar de Você, que tinha sido lançada em compacto e logo depois censurada, no começo da década.

Também é desta safra o Clube da Esquina 2, mais uma obra em que os mineiros, capitaneados por Milton Nascimento, conquistaram o país, com seu estilo característico. O álbum duplo inclui Maria, Maria e Canção Amiga, entre muitas outras belezas. Delicioso de ouvir, até hoje.

Também são de 1978 Disco Club, de Tim MaiaEu Canto – Quem Viver Chorará, do Fagner; Álibi, de Maria Bethânia, Água Viva, de Gal Costa; A Banda do Zé Pretinho, de Jorge Ben; Babilônia, da Rita Lee

Valem uma bela playlist, né?