Alunos da Apae de São João Batista se destacam com apresentações de dança folclórica

Neste ano, grupo de 14 alunos participou pela primeira vez do Festival Nossa Arte, nas etapas regional e estadual

Alunos da Apae de São João Batista se destacam com apresentações de dança folclórica

Neste ano, grupo de 14 alunos participou pela primeira vez do Festival Nossa Arte, nas etapas regional e estadual

Um grupo de 14 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São João Batista tem se destacado pelas apresentações culturais. Todos os anos, por exemplo, realizam a abertura da festa do padroeiro com tradicionais casamentos caipira e dança da quadrilha e são bastante prestigiados pela comunidade. Porém, neste ano, ao levarem uma dança folclórica diferente, chamaram a atenção até mesmo dos organizadores do XI Festival Nossa Arte.

A professora de dança Karla Peixoto conta que retornou para a Apae no ano passado a convite da diretora Kamily Peixer Gatis, com objetivo de focar nas apresentações, como do bingo da escola e festa do padroeiro. “Então pensamos em levar uma dança diferente e tivemos a ideia de ensaiar com os alunos a dança Menina Bonita, Dança da Saia”, explica.

Karla ressalta que os ensaios com os alunos acontecem todas as quintas-feiras e a cada nova aula é um aprendizado diferente até mesmo para ela. “Trabalhar na Apae é uma sensação única. Eles transmitem algo muito bom que me faz sair daqui melhor do que entrei. É muito tranquilo trabalhar com eles, porque eles entendem, nunca reclamam, e sempre estão dispostos a aprender”, diz.

E foi por meio da sintonia entre a professora e os alunos que foi possível aceitar o convite para a primeira participação no Festival Nossa Arte, inicialmente na etapa regional. “Fomos para Blumenau e competimos na categoria dança folclórica, em março. Quando decidimos ir, conversamos com os alunos que a intenção era apenas a participação e que as conquistas seriam consequência”, conta Karla.

Para surpresa e alegria dos alunos, a Apae de São João Batista conquistou o primeiro lugar e se classificou para a etapa estadual, que ocorreu em 8 de maio, no Centreventos Cau Hansen, em Joinville. “Desta vez, infelizmente o título não veio, mas o aprendizado que tivemos lá foi uma grande vitória para todos”, afirma a professora.

A aluna Daiana dos Santos, 33 anos, ficou bastante feliz com as conquistas, pois uma de suas paixões é a dança. “Só estou triste agora porque me machuquei e não vou poder dançar na festa de São João”, completa.

Entusiasmada, a aluna Marina Santana, 48, também comemorou a participação no festival. “É muito legal a dança. A professora é muito atenciosa com a gente. Foi bem bacana”.

Miriany Farias

Novas coreografias
A professora Karla afirma que agora pretendem ficar sempre de olho nos festivais de dança que tiver pela região para levar o grupo de alunos. “É uma experiência muito bacana, pois eles acabam se envolvendo com alunos de outras escolas, fazem amizades e é lindo ver o cuidado que eles têm uns com os outros”, diz.

Agora, a professora busca novas coreografias para ensaiar com os alunos. Para a festa do padroeiro neste ano, ela informa que o grupo apresentará o casamento caipira e dança da quadrilha, devido ao pouco tempo que possuem para os ensaios.

Entretanto, para a festa de fim de ano da escola os alunos já devem apresentar uma nova coreografia, que será utilizada para os próximos eventos.

Em junho, o grupo deverá apresentar ainda a Menina Bonita, Dança de Saia na edição do Cultura em Movimento, que ocorrerá em São João Batista.

Origem da música
Karla informa que é difícil afirmar com exatidão onde surgiu a dança da saia, pois é uma mistura de outras danças típicas como o Carimbó (folclore paraense), a dança Maracatu (afro-brasileira de Pernambuco) e a dança do pau de fitas (originária na Europa, mas que teve popularidade no Brasil). “A Menina Bonita, Dança de Saia é uma apresentação envolvente que expressa a riqueza da cultura popular brasileira”, diz.

Para a confecção do figurino, a professora ressalta que teve a ajuda de toda a comunidade, sendo que as mães de alunos auxiliaram na confecção da saia, bem como uma costureira da cidade. Os acessórios, chapéus e sapatos também foram doações de empresários do município.

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