Padre Léo ajudou muitas pessoas, inclusive os colegas da vida religiosa. Alguns desses amigos trabalharam com ele na Comunidade Bethânia. O carinho e atenção que ele dedicou às amizades são lembrados com carinho.

“O Padre Léo foi meu professor na faculdade de Filosofia em Brusque. Eu pude ter um convívio mais próximo com ele. A partir disso, a gente foi estreitando os laços, fazendo amizade, até por ser mineiro também.

Quando eu terminei a Filosofia, eu fui enviado pela congregação pra trabalhar com o Padre Léo no Colégio São Luiz, em 1995. Eu vivi junto com ele todo movimento para começar a Comunidade Bethânia, e isso foi gerando uma intimidade e uma comunhão muito grande, ficamos muito amigos.

Os pais dele foram os meus padrinhos de ordenação sacerdotal, o Padre Léo pregou a minha primeira missa. Ele sempre me dizia ‘vem trabalhar comigo, vem trabalhar aqui em Bethânia, seu lugar é aqui’, e eu fui discernindo isso ao longo do tempo. Em 2005 eu fiz um pedido oficial para congregação para trabalhar diretamente com o Padre Léo e não só ajudá-lo esporadicamente como eu fazia.

Nesse ano em que eu fui trabalhar com ele, ficou doente e descobriu o câncer. Daí eu passei a auxiliá-lo mais e, inclusive, substitui-lo. Eu assumi tudo ao longo dos 10 meses que o Padre Léo lutou contra o câncer. Depois que ele faleceu, eu fiquei definitivamente. Então foram alguns anos de bastante comunhão, bastante convivência. Ele morreu deixando no coração das pessoas a certeza de que ele podia interceder.”

Padre Vicente de Paula Neto
Presidente da Comunidade Bethânia



“O padre Léo sempre foi uma pessoa muito especial e tinha uma forma única de tratar as pessoas, principalmente quando eramos fráter. Ele foi uma pessoa que sempre buscou colocar o outro para cima, incentivando a fazer as coisas, a dar o seu melhor, então ele sempre nos valorizou bastante.

Eu fui aluno na faculdade em Brusque e depois moramos juntos no Colégio São Luiz. O Padre Léo era o diretor-geral do colégio, o Padre Vicente era o coordenador pedagógico e eu era o diretor financeiro. Nós formávamos uma equipe e isso foi na mesma época em que iniciou a Comunidade Bethânia. Então nós tínhamos uma ligação bastante grande, era a mesma equipe que cuidava da comunidade.

Depois eu continuei meus estudos, fui fazer faculdade de Teologia, me tornei padre, trabalhei 10 anos em paróquia, mas nunca me desliguei da comunidade. Quando o Padre Léo morreu, eu estava lá no hospital e coloquei um propósito pra mim: que um dia eu voltaria definitivamente para trabalhar em Bethânia. Hoje já faz sete anos que retornei e moro aqui. O meu trabalho é fazer a administração dos oito recantos.”

Padre Lucio Tardivo
Administrador da Comunidade Bethânia e responsável pelo processo de beatificação do Padre Léo

 



“O Padre Léo e eu nos conhecemos em 1983 durante o noviciado em Jaraguá do Sul. Depois em Brusque fizemos Filosofia na Febe. Uma coisa interessante é que ele é mineiro e foi trabalhar em Brusque, minha terra natal, e depois eu acabei trabalhando em Minas.

O Léo era uma pessoa intensa, e praticamente tudo que eu fiz e que continuo fazendo teve um dedo do Padre Léo. A primeira vez que eu entrei em um estúdio pra gravar disco foi ele quem me levou. O primeiro livro também foi ele. Quando meu pai faleceu, quem me levou ao aeroporto para viajar pela primeira vez de avião foi o Léo.

Eu poderia falar muitas outras coisas, eu já escrevi sobre isso também, porque ele sempre acreditou muito em mim. Eu sinto o Léo como um profeta que estava na minha frente indicando os caminhos.

Eu estive com ele muitas vezes, inclusive um mês antes dele morrer, e conversamos um bocado. Ele me contou como era o sofrimento dele vendo a morte se aproximar de maneira tão veloz, mesmo tão jovem.

Deus deu a ele a oportunidade de ser santificado durante esse ano de dor que ele viveu. Esse é o Léo que ninguém conhece, porque imagina que é só aquele pregador da TV.

Eu rezo sempre pedindo que ele reze por mim lá junto de Deus, onde ele está, para que eu também aprenda a aceitar do jeito certo os sofrimentos que Deus me mandar.”

Padre João Carlos Almeida, o Joãozinho
Professor de Teologia em Taubaté

 

 


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