Prefeitura de Brusque / Divulgação

Animais domésticos soltos provocaram infestação de carrapatos no bairro Limeira

Costume de deixar cães livres nas ruas foi gatilho para proliferação do aracnídeo

No último fim de semana a Vigilância Epidemiológica de Brusque precisou realizar uma ação de emergência no bairro Limeira devido à proliferação de carrapatos. O motivo da infestação foi um costume local de deixar cães soltos, caminhando pelas ruas e pelas casas vizinhas, conforme explicaram os profissionais envolvidos na ação.

Os animais serviram não só como hospedeiros do aracnídeo, mas também ajudaram a espalhá-lo. Pelas residências foram encontrados animais com carrapatos e também ovos. A maior incidência do aracnídeo foi constatada nas ruas Paraná e Rio Grande do Sul.

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A ação realizada no sábado, 9, deveria ser voltada apenas para a conscientização da comunidade, bem como dicas para eliminação dos carrapatos, já que a vigilância não realiza este trabalho.

Contudo, em algumas residências com maior incidência do carrapato foi utilizada a técnica de “vassoura de fogo”, com o uso de um lança-chamas.

Segundo o veterinário da vigilância, Tiago Rodrigo Roza, mais importante do que a dedetização paliativa foi o repasse de informações para os moradores. “O cão vai de uma casa para outra, deixando o carrapato. O carrapato bota os ovos e se prolifera por ali. É importante que os próprios moradores tenham o controle sobre o animal e, neste momento, apliquem os carrapaticidas”.

Carrapatos serão analisados
Além de gerar mal-estar, coceira e irritação no animal, o carrapato pode ser transmissor de doenças tanto para o hospedeiro quanto para os humanos. Nos cães, as doenças mais comuns são erliquiose (infecção bacteriana) e a babesiose (parasita do sangue, que pode levar a morte). Nos humanos, o carrapato estrela transmite a febre maculosa, que é grave, e a doença de lyme.

Em uma análise prévia, a espécie com maior incidência não é a do carrapato estrela. Porém, por prevenção, amostras dos aracnídeos serão coletadas e enviadas ao Laboratório Central da Vigilância Sanitária (LACEN), em Florianópolis, para a confirmação.

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Calor colabora com proliferação
Com as altas temperaturas, os donos de animais domésticos devem ficar atentos aos riscos trazidos pelos carrapatos. A fêmea necessita de calor para se reproduzir e pode depositar de 200 a 300 ovos por dia. A infestação visível no animal doméstico diz respeito a apenas 5%. Os outros 95% da infestação estão no ambiente, por meio dos ovos.

O carrapato gruda em cães e gatos apenas para se alimentar e reproduzir. A orientação é prestar atenção no cão ou gato, utilizar os carrapaticidas se necessário for e, principalmente, manter a casa limpa e arejada.