Ano bissexto: conheça histórias de brusquenses que fazem aniversário a cada quatro anos

Pessoas que nasceram no dia 29 de fevereiro podem comemorar aniversário hoje

Ano bissexto: conheça histórias de brusquenses que fazem aniversário a cada quatro anos

Pessoas que nasceram no dia 29 de fevereiro podem comemorar aniversário hoje

Depois de quatro anos, a costureira Juliana Assi Ardigo e o aposentado Ingo Hassmann poderão, finalmente, comemorar seus aniversários na data correta. Eles completam hoje, dia 29 de fevereiro, 32 e 52 anos, respectivamente. Nos últimos quatro anos, no entanto, ambos precisaram celebrar seus nascimentos no dia 28 de fevereiro ou no dia 1º de março.

Juliana e Ingo apenas poderão celebrar hoje porque 2016 é um ano bissexto. Ou seja, tem 366 dias – no ano bissexto, acrescenta-se um dia a mais no calendário (29 de fevereiro) a cada quatro anos.

O aposentado Ingo Hassmann afirma que não se importa de comemorar o aniversário em anos que não são bissextos. / Foto: Divulgação
O aposentado Ingo Hassmann afirma que não se importa de comemorar o aniversário em anos que não são bissextos. / Foto: Divulgação

Atualmente, alguns cartórios não aceitam registrar a criança no dia 29. Para fazer o registro, os pais precisam escolher o dia 28 de fevereiro ou o dia 1º de março. Porém, quando Juliana (1984) e Ingo (1964) nasceram, os cartórios registravam apenas na data correta de nascimento.

“Quando o ano não é bissexto, eu fui ensinada pela minha mãe a comemorar sempre no dia 28. Mas o meu marido diz que eu tenho que comemorar no dia 1º de março argumentando que eu não nasci um dia antes. Mas como fui criada comemorando dia 28, eu sempre comemoro nessa data”, conta Juliana.

A costureira brinca que vive em “pé de guerra” com o marido devido à data. Ela conta que, nos anos que não são bissextos, ele apenas a parabeniza no dia 1º de março, mesmo que ela comemore no dia 28 de fevereiro.

“É diferente e curioso. Eu não conheço ninguém que tenha nascido no dia 29. Por isso é legal. Eu brinco que não estou comemorando 32 anos, mas sim oito anos. Tenho a vida toda pela frente”, brinca.

Já acostumada a comemorar aniversários na data correta apenas a cada quatro anos, Juliana lembra que, antes de falecer, sua mãe contou que quando seu pai foi registrá-la, ele tentou mudar a data, mas a funcionária não permitiu.

Assim como a costureira, Ingo também já se acostumou. Ele conta que, quando o ano não é bissexto, recebe os parabéns no dia 28 de fevereiro. A festa de aniversário, por outro lado, às vezes ocorre no dia 28 e às vezes no dia 1º de março.

“Eu acho diferente porque poucas pessoas fazem nessa data. Mas pra mim a sensação não muda, é a mesma coisa comemorar aniversário no dia 28, no dia 29 ou no dia 1º. Geralmente eu faço alguma festa em casa ou no salão e chamo os amigos e a família”, conta.


O ano bissexto
O ano bissexto foi criado pelos romanos na época do imperador Júlio César. Era preciso adequar o calendário ao tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol.

A volta da Terra ao redor do Sol não é feita em exatos 365 dias, mas sim em 365 dias, cinco horas, 48 minutos e 46 segundos. Essa fração de dias, arredondada para seis horas, é compensada no ano bissexto, já que seis horas, em quatro anos, são 24 horas, ou seja, mais um dia.

Os antigos romanos também decidiram que esse dia extra seria 29 de fevereiro, o menor mês do ano. Sem o ano bissexto, as estações do ano não teriam datas definidas, como acontece hoje.

“Um dia o calendário marcaria o início da primavera e estaríamos no verão, isso para o controle da agricultura seria péssimo, bem como para outros tipos de controle. A gente vive muito em função do calendário”, afirma o astrônomo Ayrton Lugarinho.

“A discrepância ficaria tamanha que nós íamos perder completamente o contato entre a realidade do céu e a realidade do nosso papel”, complementa o astrônomo.

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