Apesar da pandemia, Brusque termina 2020 com saldo positivo na geração de empregos

Dados do Caged mostram que o município criou 1.012 vagas com carteira assinada no ano passado

Apesar da pandemia, Brusque termina 2020 com saldo positivo na geração de empregos

Dados do Caged mostram que o município criou 1.012 vagas com carteira assinada no ano passado

Brusque terminou 2020 com saldo positivo de empregos, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na semana passada.

De acordo com o levantamento, ao longo do ano, a cidade teve  24.015 contratações e 23.003 demissões, resultando em um saldo de 1.012 novos postos de trabalho.

Apesar do saldo positivo, o número é o menor registrado pela cidade desde 2016, quando o município teve saldo negativo na geração de empregos formais. Em 2019, por exemplo, o ano fechou com saldo de 2.117 vagas criadas em Brusque, ou seja, 2020 teve uma redução de 52% em comparação com o ano anterior.

A explicação para essa queda na geração de empregos na cidade foi a pandemia da Covid-19, que afetou diretamente muitos setores, principalmente no primeiro semestre de 2020.

Mas mesmo com as dificuldades da pandemia, os setores de Brusque conseguiram se recuperar e fechar o ano com saldo positivo.

A presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Cassia Conti, destaca que os resultados do município surpreenderam positivamente, mostrando que o empresariado conseguiu superar o momento de adversidade.

“Nossa cidade é muito industrial, tem muitos pequenos negócios que movimentam a economia e o resultado se mostrou positivo, mesmo com todas as incertezas que tivemos no ano passado”.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas), Marcelo Gevaerd, também comemora o resultado do município.

“Em abril e maio estivemos muito pressionados, ninguém sabia o que iria acontecer, mas Brusque é uma cidade diferenciada, já passamos por muitas dificuldades e nos reerguemos, desta vez não seria diferente. Os números mostram que estávamos na UTI e voltamos para o quarto. Precisamos agora trabalhar para ir para casa”.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário (Sinduscon), Fernando José de Oliveira, destaca, principalmente, o resultado da construção civil.

“Consideramos um número muito positivo. A construção foi uma das atividades que teve uma recuperação muito boa e rápida e vem mantendo a atividade intensa, o problema que enfrentamos agora é o aumento das matérias-primas. Estamos no primeiro mês do ano e tivemos muitos aumentos, isso pode refletir lá na frente”.

Empregos por setor

O setor de serviços foi o que puxou o resultado positivo de Brusque, com um saldo de 465 vagas criadas em 2020. De janeiro a dezembro, foram 5.585 admitidos e outros 5.120 demitidos no setor.

No comércio, foram 5.862 admissões e 5.510 desligamentos, resultando em um saldo de 352 postos formais de trabalho criados em 2020.

Na construção civil, foram 1.467 admissões contra 1.307 demissões, ou seja, foram 160 novas contratações ao longo do ano.

A indústria foi o setor que mais contratou (11.099), mas também o que mais demitiu (11.064), resultando em um saldo de apenas 35 novas vagas em 2020.

Santa Catarina termina 2020 com o maior saldo de empregos formais do Brasil

Santa Catarina teve o melhor resultado do país na geração de empregos formais em 2020, de acordo com o Caged. Ao todo, foram geradas 53.050 vagas com carteira assinada no estado no ano passado. O número representa 37,1% de todos os 142.690 empregos criados no Brasil em 2020.

Todos os setores econômicos registraram incremento no número de vagas no ano de 2020 em Santa Catarina. O melhor resultado veio da indústria, com um saldo de 25.452 empregos. Na sequência, aparece o setor de serviços, com 17.776 de saldo. O comércio surge em terceiro lugar, com 7.141 empregos criados em 2020. A construção civil (2.051) e a agropecuária (630) fecham a lista.

Ao longo de 2020, Santa Catarina teve 1.052.937 admissões e 999.887 demissões, segundo o Caged. No mês de dezembro, o saldo ficou negativo em 11.677 vagas. O último mês de ano normalmente registra mais demissões que admissões por conta da extinção de empregos temporários criados em meses anteriores.

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