Aplicada até 1973, vacina da varíola protege contra o vírus Monkeypox; saiba mais

Diretora de Vigilância em Saúde de Brusque explica sobre vacinação contra varíola dos macacos

Aplicada até 1973, vacina da varíola protege contra o vírus Monkeypox; saiba mais

Diretora de Vigilância em Saúde de Brusque explica sobre vacinação contra varíola dos macacos

O Brasil ultrapassou os 2,5 mil casos de varíola dos macacos, sendo que Santa Catarina tem mais de 20 pessoas que já testaram positivo para doença. Em Brusque, duas pessoas já foram diagnosticadas com a doença. As primeiras vacinas contra o vírus começam a ser aplicadas no exterior. Enquanto isso, o país aguarda as doses do imunizante desembarcarem em solo brasileiro, que, segundo estimativa do Ministério da Saúde, deve ocorrer em setembro.

A vacina contra a varíola deixou de ser aplicada no Brasil em 1973, de acordo com as informações do Ministério da Saúde. Quem nasceu após esse período não foi imunizado contra a doença, que foi considerada erradicada nos anos 80.

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Ariane Fischer, o imunizante contra a varíola aplicado há cinco décadas funciona contra o vírus Monkeypox. “Pessoas com menos de 50 anos, ou seja, pessoas que não receberam a vacina tem maior predisposição a contrair o vírus”, pontua.

Recomendações

Ariane explica que no momento há duas vacinas contra a varíola sendo aplicadas no exterior. No entanto, somente um dos imunizantes foi aprovado para aplicação específica contra o vírus Monkeypox.

“A Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não possui recomendações exclusivas em relação à vacinação, no entanto considera a possibilidade da vacinação pós-exposição de pessoas sob maior risco que tiveram contato próximo a caso suspeito, idealmente nos primeiros quatro dias após o contato”.

A diretora pontua ainda que com base nos riscos e benefícios avaliados, a vacinação em massa contra o vírus não é recomendada no momento pela organização. “A OMS orienta que sejam adotadas estratégias robustas de vigilância e monitoramento dos casos, investigação e rastreamento de contatos para a doença. Desta forma, será possível a identificação do grupo de maior risco de infecção e, portanto, as prioridades para a vacinação, se este for o caso”, diz.

Tratamento

A indicação para evitar o contágio da doença é o isolamento do suspeito, assim como não fazer contato de pele com pele, principalmente o sexual, com pessoas que apresentem lesões suspeitas. A máscara também ajuda a evitar a contaminação, visto que uma das formas de transmissão do vírus é pelas vias respiratórias.

O paciente com suspeita de varíola dos macacos realiza um tratamento com os medicamentos chamados sintomáticos, analgésicos e antitérmicos conforme avaliação e conduta médica, visto que ainda não há uma medicação contra o vírus. Em alguns casos específicos, as pessoas recebem antirretrovirais.

Ainda não há garantias de que pessoas que já foram infectadas pela doença não sofrerão a reinfecção. Ariane diz que é preciso aguardar novos estudos sobre o tema.

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo