Após 100 anos, comando do Exército estuda fechar o Tiro de Guerra de Brusque em 2018

Avaliação indica que estrutura do município é a pior da região; número de matriculados terá corte de 40%

Após 100 anos, comando do Exército estuda fechar o Tiro de Guerra de Brusque em 2018

Avaliação indica que estrutura do município é a pior da região; número de matriculados terá corte de 40%

Uma inspeção ao Tiro de Guerra de Brusque, realizada na semana passada, pode ter sido o primeiro passo para o fechamento da instituição, que funciona há mais de 100 anos no município.

Na quinta-feira, 5, o tenente coronel Valdileno Bezerra da Silva, chefe da Seção de Tiros de
Guerra da 5ª Região Militar, realizou uma visita TG para avaliar a formação dos atiradores, procedimentos e as instalações.

A análise é que, apesar do bom grau de aprendizagem dos atiradores e a disponibilidade de recursos humanos, há graves problemas estruturais.

Na avaliação do comando, o TG de Brusque tem as piores condições entre os 20 Tiros de Guerra da 5ª Região Militar de Blumenau.

De acordo com o chefe de instrução do TG de Brusque, subtenente Tomaz Jacinto Rodrigues, no relatório elaborado pelo comando consta que foram verificados esforços por parte dos instrutores para não deixar transparecer aos alunos os problemas.

Há, ainda, registros de que os próprios instrutores custeiam as necessidades básicas do TG, para “manter os atiradores motivados nas suas obrigações e conservar a imagem da Força”.

O relatório indica que as instalações apresentam problemas e grande parte está indisponível para uso.

Acordo não é cumprido, diz Exército
O Exército analisa, ainda, que o acordo de cooperação assinado com a prefeitura não vem sendo cumprido na íntegra.

Por isso, foi definido que o efetivo de atiradores a ser matriculados em 2018 sofrerá um corte de 40%.

Além disso, o prazo para definir a continuidade ou não dos trabalhos será o dia 30 de junho de 2018, quando se encerra o período de alistamento e a inicia a distribuição dos jovens para a prestação do serviço militar obrigatório.

No prazo final, a estrutura será avaliada, especialmente o cumprimento de todas as cláusulas do contrato entre a prefeitura o Exército.

“A medida visa assegurar a operacionalidade de um ensino de qualidade, condições de aplicação e segurança das atividades, premissas pautadas em normas e diretrizes do Comando, além de, não permitir o declínio da preservação da imagem do Exército junto à sociedade”, diz o comando do TG de Brusque, em nota oficial.

Ainda na quarta-feira, uma reunião foi realizada para tratar do assunto. Participaram o subtente Tomaz Jacinto Rodrigues, chefe de instrução do Tiro de Guerra de Brusque; o 1º tenente Jorge Leoni Valim Vieira, Adjunto da Seção de Tiros de Guerra; o prefeito Jonas Paegle, e o tenente coronel Valdileno.

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