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Após 30 dias, corpos não identificados no IML são enterrados

Neste ano, apenas dois corpos foram encaminhados pelo órgão para as funerárias do município

Para tentar identificar um corpo que chega ao local sem documentos de identificação, o Instituto Médico Legal (IML) de Brusque realiza pelo menos dois procedimentos, além da necropsia. Entretanto, quando a busca pelos familiares não dá resultado, o órgão aguarda até 30 dias e encaminha o corpo às funerárias para serem enterrados.

Perito criminal do núcleo regional de perícia de Brusque, que abrange o IML, Álvaro Mesquita Hamel explica que as funerárias que recebem os corpos não identificados têm convênio com a prefeitura de Brusque. Neste ano, afirma ele, apenas dois corpos foram enterrados dessa forma.

“São poucos os casos que acontecem aqui em Brusque, esse ano foram no máximo dois corpos. É um número considerado pouco, normalmente alguém da família se apresenta e faz o reconhecimento do corpo”, explica o perito.

Independentemente das circunstâncias da morte, quando um corpo chega ao IML sem identificação, o órgão presta um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Brusque. Além disso, também realiza necropsia, coletando digitais e fotografando para, posteriormente, manter o corpo na conservadora do local.

Para tentar identificar o corpo, o órgão cruza as informações no banco de dados de Santa Catarina e também encaminha os registros para a delegacia de desaparecidos do estado.

Nos últimos meses, o IML de Brusque também adotou a estratégia de informar os meios de comunicação do município. O procedimento, afirma Hamel, auxilia na identificação do corpo por parte dos familiares.

Se o corpo permanecer durante 30 dias no IML, o órgão pede autorização ao delegado de Polícia Civil para fazer o enterro.

Atendimentos no hospital

Apesar de dispor de procedimento específico para o pós-atendimento de pacientes que chegam ao local sem documentos de identificação, o Hospital Azambuja não costuma registrar casos desse tipo.

Segundo o administrador da casa de saúde, Fabiano Amorim, não há registros de atendimento de pessoas não identificadas neste ano. Ele explica que, em casos de acidente de trânsito, por exemplo, a equipe médica realiza todos os procedimentos necessários mesmo sem autorização dos familiares.

“Na emergência não precisa de autorização de ninguém para realizar qualquer ação. Em casos de vida ou morte temos de fazer todos os procedimentos para preservar a vida do paciente. Se a pessoa não tem documento, ela chega de ambulância e já fazemos o atendimento devido, mesmo se precisar de cirurgia. Depois, quando ela se recuperar, é que vamos perguntar o nome e os contatos dos familiares”, explica Amorim.

Quando o paciente morre e não tem identificação, o hospital informa o IML. Após isso, o corpo e a busca pelos familiares é de responsabilidade do órgão.