Após cinco anos, número de inadimplentes cai em Guabiruba

Entre 2015 e 2019 houve queda de 11,5% no número de moradores com dívidas pendentes

Após cinco anos, número de inadimplentes cai em Guabiruba

Entre 2015 e 2019 houve queda de 11,5% no número de moradores com dívidas pendentes

A inadimplência dos moradores de Guabiruba diminuiu nos últimos quatro anos. Conforme dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município, além dos valores serem menores, o número de devedores também reduziu.

Em 2015 o número de pessoas inadimplentes era de 1.740, totalizando R$ 1,6 milhão. Enquanto isso, no primeiro semestre de 2019, a entidade registrou 1539 pessoas como inadimplentes. Além disso, os valores ativos neste período são de R$ 1,4 milhão, uma média de R$ 943,34 por pessoa.

No entanto, nos últimos quatro anos apenas 2016 registrou aumento de pessoas inadimplentes, que foi de 1791, e dos valores, que totalizaram R$ 1,7 milhão.

Conforme o gestor comercial da CDL, Luciano Eduardo, não houve nenhuma campanha para que os moradores de Guabiruba quitassem suas dívidas. “Houve uma melhora dessas pessoas na questão do pagamento”.

Além disso, no primeiro semestre deste ano também não foi desenvolvida nenhuma campanha, como por exemplo a Limpe seu Nome. A CDL não pretende realizar nenhuma ação até o fim do ano. “Estamos organizando outras coisas, como alguns programas que o SPC tem para associar as pessoas nesse sentido para fazer cobranças direto na própria CDL”, afirma.

Comparativo dos primeiros semestres

Os dados apontam que há 1.539 pessoas registradas como inadimplentes apenas nos primeiros seis meses deste ano. No entanto, se esse número for comparado com o primeiro semestre de 2018, que registrou 1702, houve uma queda de 10% do número total de inadimplentes em Guabiruba no mesmo período.

Porém, apesar da quantidade de pessoas inadimplentes diminuir neste ano, a média de valor dividida pela população economicamente ativa aumentou R$ 17,36. No primeiro semestre deste ano o valor era de R$ 943,34, enquanto que no mesmo período do ano passado o valor era de R$ 925,98.

Segundo Luciano, isso indica que as pessoas fizeram dívidas maiores neste ano. Esses números levam em consideração apenas a inadimplência deste ano.

Idade da inadimplência

Outro fato que chama atenção é a faixa etária que tem maior volume de pessoas inadimplentes. Pessoas entre 26 a 35 anos tendem a terem mais dívidas, seguidas pelos moradores entre 36 a 45 anos.

O gestor comercial explica que isso ocorre devido ao período da vida dessas pessoas. “Entre 18 a 25 anos eles não tem dívidas pois moram sozinhos, ou com os pais, que estão sempre por perto, então não se tem muitas dívidas”.

Já dos 26 aos 45 anos as pessoas estão começando a morar sozinhas, construir casa e família. Ele diz que isso influencia na conta pois as pessoas se endividam e não conseguem pagá-las dentro do prazo determinado.

Pela experiência de Luciano, esses valores inadimplentes não são voltados a dívidas de carros e casas. “São coisas supérfluas, roupas, calçados e eletrodomésticos que acabaram comprando, mas priorizaram pagar a casa, o carro, aluguel ou energia e deixaram essas coisas para trás. Não são de primeira necessidades”, diz.

“Se você tem um carro ou uma casa para pagar e não paga, o banco pode tomar. Se tens roupa ou uma geladeira, outras coisas, você vai dar prioridade para as coisas mais essenciais que são a casa, o carro, a energia, o mercado”, avalia.

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