Após morte, Câmara de Guabiruba pedirá intervenção na escola João Boos

Vereadores dizem que o estado é negligente com a manutenção do educandário

Após morte, Câmara de Guabiruba pedirá intervenção na escola João Boos

Vereadores dizem que o estado é negligente com a manutenção do educandário

Vereadores de Guabiruba aprovaram, na sessão desta terça-feira, 1º, o encaminhamento de um requerimento ao Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), solicitando ao órgão que intervenha junto à Escola de Educação Básica Professor João Boos, a qual há bastante tempo se encontra em péssimo estado de conservação. O pedido é para que o órgão ajuíze medidas que obriguem o governo estadual a melhorar as condições da escola.

O assunto, que é frequente na Câmara de Guabiruba, voltou à tona depois da trágica morte do jovem Dalvan Cavichioli, o qual caiu junto ao cesto de um guindaste, na semana passada, no momento em que realizava a poda de árvores nas dependências da escola.

Alguns parlamentares, além de lamentar o ocorrido, aprovaram uma moção de pesar a ser enviada à família do rapaz. No entanto, também fizeram críticas ao governo do estado, que é cobrado a fazer uma reforma no educandário há alguns anos, mas não sai do lugar.

O vereador Felipe Eilert dos Santos (PT), presidente do Legislativo guabirubense, teceu duras críticas contra o governo do estado. Durante a sessão da Câmara, lembrou que Dalvan faleceu enquanto realizava uma ação voluntária de poda de árvores.

Para o parlamentar, a omissão dos agentes públicos do estado fez com que a própria comunidade escolar tomasse atitudes para tentar melhorar a situação da escola, já que as promessas de reformas do educandário nunca saíram do papel.

Um requerimento que tramita na Câmara também solicita a presença do secretário de estado da Educação, e do gerente regional de Educação da Agência de Desenvolvimento Regional de Brusque (ADR), para tratar do tema.

O vereador Osmar Vicentini (PRB) também apresentou uma solicitação para que a Câmara organize uma caminhada com alunos, professores e membros da comunidade para cobrar do governo do estado que providencie a tão sonhada reforma no educandário.

Novela antiga

Há mais de três anos a escola João Boos é alvo de promessa de reforma por parte do governo estadual.

Em 2013, estava sendo encaminhada uma reforma no educandário, mas as coisas se complicaram durante visita do governador Raimundo Colombo, o qual, empolgado, sugeriu que o projeto de reforma fosse substituído pela construção de uma estrutura totalmente nova.

No entanto, na prática, a Secretaria de Estado da Educação entendeu que não era viável financeira e burocraticamente a construção de uma nova escola. Retomou-se, então, o projeto de reforma.

Nesse meio tempo, contudo, houve troca no comando da ADR: saiu Jones Bosio e entrou Ewaldo Ristow Filho. Com isso, a perspectiva de reforma teve que voltar praticamente à estaca zero, já que não foi localizado o dito projeto de reforma que, segundo o governo, já existia.

Em junho deste ano, Ristow Filho informou que a licitação para escolher a empresa que irá confeccionar o projeto executivo da obra estaria para ser lançada, mas ela ainda não apareceu no diário oficial do estado.

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