Ascensão do Manaus é esperança para que Arena da Amazônia receba mais jogos

Rotulado como elefante branco, estádio recebeu jogos da Copa do Mundo e das Olimpíadas

Ascensão do Manaus é esperança para que Arena da Amazônia receba mais jogos

Rotulado como elefante branco, estádio recebeu jogos da Copa do Mundo e das Olimpíadas

A Arena da Amazônia, palco da decisão da Série D entre Manaus e Brusque neste domingo, 18, às 16h no horário de Brasília, foi um dos estádios que mais gerou discussões dentre aqueles construídos para a Copa do Mundo de 2014 por causa do futebol enfraquecido que o Amazonas possui, mas ganha força hoje com a ascensão do Gavião do Norte no cenário nacional.

Assim como a Arena Pantanal, em Cuiabá, e o Mané Garrincha, em Brasília, a contestação em relação à escolha da capital amazonense como sede foi enorme, ainda mais levando em consideração que a maior força do futebol nortista está no Pará, representado principalmente por Remo e Paysandú.

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Com um custo mensal ideal de aproximadamente R$ 750 mil, o estádio frequentemente ultrapassa esta marca. Como acontece em outras arenas, há problemas em relação aos custos ao estado e os enormes desafios para uma gestão que não seja deficitária.

O Governo do Amazonas tem descartado uma privatização, e prefere parcerias público-privadas para diminuir o investimento por parte do estado. Por ano, algumas dezenas de eventos alheios ao futebol são realizados na Arena, que é multiuso por definição.

Um dos eventos, inclusive, foi a festa Intense Colors, que havia sido marcada há meses para o mesmo dia da grande final da Série D: 18 de agosto. A pressão dos torcedores do Manaus e o reconhecimento do momento do futebol amazonense por parte da organização fizeram com que o evento fosse transferido para outro local sem contestações.

Com um futebol fraco no cenário nacional e clubes empobrecidos, o futebol do Amazonas reúne poucos torcedores nos estádios atualmente, embora tenha perspectivas de melhora. Ocasiões em que estádios tenham 400, 500 ou pouco mais de 1 mil torcedores não são incomuns.

Origem

A Arena da Amazônia Vivaldo Lima foi construída sobre o estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, que leva o nome de uma das maiores figuras do esporte amazonense. Foi sócio benemérito do Nacional e sócio-fundador do Fast, duas das maiores equipes do Amazonas. O estádio foi inaugurado em 5 de abril de 1970, com capacidade para 56.890 pessoas.

Ao longo das décadas, o Vivaldão foi palco de cinco partidas da Seleção Brasileira e também de partidas internacionais, colocando clubes amazonenses frente a frente com equipes como o Porto e o finado Cosmos (EUA).

Ocasiões especiais

A Arena da Amazônia abrigou quatro jogos da Copa do Mundo, todos na fase de grupos, incluindo um Inglaterra 1×2 Itália. Em 2016, o estádio recebeu quatro partidas da fase de grupos do torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos. No torneio feminino, foram duas partidas. Contando Copa e Olimpíadas, os públicos variaram entre 23 mil e 40 mil pessoas.

Forças locais

O principal produto do futebol amazonense na atualidade está no futebol feminino. O Esporte Clube Iranduba da Amazônia, fundado em 2011, já esteve presente na Libertadores e disputa a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, atraindo públicos maiores que a média do enfraquecido Campeonato Amazonense masculino. Nas semifinais da Série A de 2017, 25.371 pessoas assistiram à derrota da equipe amazonense para o Santos por 2 a 1.

O Manaus traz uma nova perspectiva para o uso da Arena da Amazônia. Ainda que o estádio não deva estar lotado em partidas que não sejam decisivas e de competições nacionais, o acesso do clube à Série C atraiu torcedores de equipes mais tradicionais, como São Raimundo, Nacional, Fast e Rio Negro, que podem ver suas cidades e seu estado representados em um nível de futebol mais alto. Com isto, a Arena da Amazônia ganha em utilidade e propósito esportivo.

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A vitória do Manaus por 3 a 0 sobre o Caxias (RS) no jogo do acesso à Série C, em 20 de julho, contou com o maior público da curta história da Arena da Amazônia envolvendo um clube do Amazonas.

Estrutura, dados e recordes

  • 44,3 mil assentos;
  • 445 assentos para pessoas com deficiência;
  • 68 camarotes;
  • 4 cabines de transmissão;
  • 141 antenas de Internet Wi-Fi;
  • 71 câmeras de segurança;
  • 18 pontos de venda de alimentação e bebidas;
  • 82 banheiros (41 femininos e 41 masculinos);
  • 338 vagas de estacionamento;
  • 84 mil m² de área construída;
  • 15,8 mil toneladas de aço;
  • 61.425 m³ de concreto;
  • Início da obra: junho/2010;
  • Inauguração: 9 de março de 2015
  • Primeiro jogo: Nacional (AM) 2×2 Remo
  • Público recorde: 44.419 (Vasco 2×0 Flamengo, 24/04/2016)
  • Valor do investimento: R$ 669,5 milhões.

Jogos com mais público

1º – 24/04/2016 – Vasco 2×0 Flamengo: 44.419 (Campeonato Carioca)
2º – 20/07/2019 – Manaus 3×0 Caxias: 44.121 (Série D)
3º – 25/06/2014 – Honduras 0x3 Suíça: 40.322 (Copa do Mundo)
4º – 03/04/2014 – Resende 0x0 Vasco: 40 189 (Copa do Brasil)
5º – 22/06/2014 – EUA 2×2 Portugal: 40 123 (Copa do Mundo)
6º – 18/06/2014 – Camarões 0x4 Croácia: 39.982 (Copa do Mundo)
7º – 14/06/2014 – Inglaterra 1×2 Itália: 39.800 (Copa do Mundo)
8º – 25/10/2014 – Botafogo 2×1 Flamengo: 39.561 (Campeonato Brasileiro)
9º – 09/08/2016 – Brasil 0x0 África do Sul: 38.415 (Olimpíada do Rio – feminino)
10º – 06/09/2016 – Brasil 2×1 Colômbia: 36.609 (Eliminatórias para Copa do Mundo)

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