Arquiteta desenvolve projeto de estádio para o Brusque Futebol Clube em trabalho acadêmico

Larissa Maestri propõe uso do espaço para diversos eventos e finalidades, com capacidade para 20 mil pessoas

Arquiteta desenvolve projeto de estádio para o Brusque Futebol Clube em trabalho acadêmico

Larissa Maestri propõe uso do espaço para diversos eventos e finalidades, com capacidade para 20 mil pessoas

Em abril de 2018, imagens de um projeto de estádio para o Bruscão repercutiram nas redes sociais – alguns torcedores chegaram a acreditar que se tratava de um conteúdo produzido pelo próprio clube.

Contudo, a Arena Brusque, como foi batizado o estádio, foi na verdade projetada pela arquiteta Larissa Maestri como um trabalho de conclusão de curso (TCC) para a faculdade de Arquitetura e Urbanismo na Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

O conteúdo, que está disponível na internet, exemplifica todos os espaços, além do material que seria utilizado no estádio. O projeto apresentado usa um conceito conhecido no meio da arquitetura como mixed-use, ou multiuso, com a possibilidade de sediar não somente partidas de futebol mas também eventos em geral. Pela proposta, ele seria construído em frente ao pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, incluindo área privada.

Além de cerimônias e jogos oficiais, o projeto de Larissa engloba um aproveitamento diário do estádio. São espaços que ficariam abertos durante a semana, como lanchonetes, biblioteca, escola de futebol e salas para locação do comércio em geral.

No projeto arquitetônico, a Arena Brusque tem claras inspirações na própria cidade. Parte da estrutura do estádio tem detalhes que lembram linhas desfiadas, uma homenagem ao município considerado o berço da fiação catarinense.

Larissa Maestri/Divulgação

Inspiração
Segundo Larissa, o que mais a inspirou para ter como TCC um projeto de estádio com capacidade para 20 mil pessoas foi a partida entre Brusque e Corinthians em 2017. O jogo atraiu quatro mil pessoas ao estádio Augusto Bauer, mas certamente abrigaria milhares de outros torcedores caso o Gigantinho tivesse mais capacidade. “Eu percebi que o time vinha crescendo, e o estádio não suportou a demanda para o jogo. Além de ser um local alugado pelo clube, não tem para onde crescer”, afirma.

Larissa Maestri/Divulgação

A arquiteta também foi cuidadosa para evitar um “elefante branco”, como palcos da Copa do Mundo que caíram em desuso, utilizando sua criatividade para aproveitar todos os espaços possíveis do estádio. “O principal desafio foi projetar uma arena que não fosse voltada apenas para o futebol. Foi inspirada na Arena Fonte Nova [de Salvador, na Bahia], com praça de alimentação e área para shows”.

Larissa, que atualmente realiza um intercâmbio na Itália, revelou que teve um primeiro contato com um membro da diretoria do Brusque para apresentar o projeto. “Cheguei a iniciar uma conversa, mas não foi adiante. No entanto, sempre pensei em levar o projeto para além do TCC”.

A proposta está disponível para ser acompanhada na íntegra na internet, pelo site archi6.com/arenabrusque.

Estádio foi projetado no terreno na frente do pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof / Foto: Larissa Maestri/Divulgação
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