As prioridades da Prefeitura de Brusque para 2019

Diversas obras e ações administrativas estão na pauta para este ano

As prioridades da Prefeitura de Brusque para 2019

Diversas obras e ações administrativas estão na pauta para este ano

A Prefeitura de Brusque prevê várias frentes de trabalho para este ano. Após dois anos, a gestão de Jonas Paegle e Ari Vequi acredita que 2019 será o ano das realizações.

Algumas já estão em andamento, como o PAC Nova Brasília e o prolongamento da margem direita da Beira Rio, enquanto outras ainda precisam sair do papel, como a ponte sobre o ribeirão Limeira e a pavimentação da rua Alberto Muller, no Limeira Alta.

A maior parte das grandes obras que o governo planeja é fiscalizada pelo Departamento Geral de Infraestrutura (DGI). A reportagem conversou com a diretora do DGI, Andrea Volkmann, para elencar as prioridades da pasta para este ano.

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O vice-prefeito Ari Vequi também explica outras prioridades, como a gestão da UPA 24 Horas, a reforma administrativa e o plano de mobilidade urbana.

Rua Padre Antônio Eising
A segunda parcela de R$ 100 mil referente à pavimentação da via foi depositada em dezembro. Com isso, a Pacopedra – empresa licitada – poderá retomar o trabalho para a segunda etapa da obra – são cinco ao todo.

Andrea explica que a obra envolve a remoção do paralelepípedo, escavação para retirada da tubulação existente e adaptação da nova drenagem. Além disso, tem a confecção das calçadas em paver, com alargamento da via, que passará a ter uma largura padronizada.

São quase 2 quilômetros de obra e a rua é bastante movimentada, inclusive, com transporte coletivo, por isso, a previsão é que o trabalho demore o ano inteiro.

A primeira etapa já foi concluída, no complexo de Azambuja, em frente ao seminário e ao hospital. O custo total é de R$ 3 milhões, dos quais R$ 1,1 milhão serão repassados pelo estado e o restante sairá do cofre da prefeitura.

Estrada da Fazenda
A pavimentação da rua Abraão de Souza e Silva deverá começar no início deste ano. A previsão é que o primeiro trecho, que vai até o primeiro ribeirão, já seja asfaltado.

A diretora do DGI diz que já foi feita a regularização da base do primeiro trecho, para que possa receber a camada asfáltica.

A obra, orçada em R$ 3,1 milhões, também tem prazo de execução de um ano, portanto deverá levar quase 2019 inteiro.

Rua Alberto Muller
A pavimentação da rua Alberto Muller é considerada vital pela prefeitura. A licitação já foi aberta, porém, uma empresa foi inabilitada e entrou com recurso, o que atrasou tudo.

Segundo Andrea, a expectativa é que, neste começo de ano, se conheça a vencedora e o trabalho já inicie. As intervenções devem ir desde onde atualmente termina a estrada geral da Boêmia até as proximidades do limite com o município de Camboriú, mais especificamente onde termina o trajeto do transporte coletivo.

O custo da obra é de R$ 7,6 milhões e ela foi viabilizada com verba do governo federal. O prazo de execução é de 24 meses.

Rua Sete de Setembro
O término do recapeamento da rua Sete de Setembro e Santos Dumont, entre os bairros Santa Rita e Santa Terezinha, também é prioridade. A primeira etapa já foi finalizada ano passado.

O recapeamento irá até a rotatória com a Unifebe. Também serão feitas novas calçadas em alguns trechos e refeitas a pintura e sinalização.

Interior da UBS Zantão, abandonada e no planejamento para 2019 | Foto: Marcos Borges

Reforma das UBS
Está na pauta do governo terminar as obras de três Unidades Básicas de Saúde (UBS): Limeira Alta, Emma 2 e Zantão. São edifícios que estão inacabados e ficaram abandonados por mais de um ano.

No caso da Limeira Alta, o DGI informa que o prédio em si está pronto. Falta apenas instalar equipamentos como ar-condicionado, iluminação de emergência, pias, acessórios de banheiro e torneiras etc.

Todo o material já foi comprado no ano passado. A reforma só não começou porque poderia haver vandalismo no período de fim do ano.

A situação dos outros dois postos de saúde é bem diferente. As duas construções estão abandonadas e falta grande parte da obra.

Na UBS Emma 2, o DGI informa que a obra já foi licitada novamente e tem o seu recomeço previsto para janeiro. A empresa já vistoriou o prédio e constatou que ainda falta cerca de 50% de obra para executar.

Segundo Andrea, se a empreiteira começar já com todo o material, a expectativa é que até metade do ano o posto de saúde seja terminado.

A situação na UBS Zantão é parecida com a da Emma 2. Falta realizar cerca de 50% da obra. A expectativa também é acabá-la no primeiro semestre.

UPA 24 Horas
Praticamente abandonada, a obra do prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas deverá ser retomada. A VJ Terraplanagem e Serviços de Mão de Obra, de Balneário Camboriú, venceu a licitação e deve começar a trabalhar no início deste ano, segundo o DGI.

Andrea Volkmann diz que não se sabe quanto tempo levará a obra porque houve mais atos de vandalismo. O edifício tem sido alvo de invasões e uso por andarilhos recentemente.

A obra da UPA 24 Horas foi iniciada na gestão de Paulo Eccel. O governo federal é que pagaria a sua construção, mas a prefeitura desistiu e a obra está inacabada.

Segundo o vice-prefeito Ari Vequi, a ideia é terminar a construção, mas não abrir uma UPA pública. Ele diz que os custos para manter funcionários públicos 24 horas por dia seria muito alto.

A ideia é que a UPA 24H seja gerida pelo Hospital Azambuja ou pelo Dom Joaquim. “Se for hospital e alguém faltar, vai poder chamar alguém em casa, pagar horas-extras, tem flexibilidade”, diz Vequi.

Praça Barão de Schneeburg
A previsão é que a execução da revitalização da praça Barão de Schneeburg comece e termine em 2019.

De acordo com o DGI, a empresa vencedora da licitação já é conhecida. A documentação foi enviada ao governo federal. Assim que for devolvida, será assinada a ordem de serviço para início do trabalho.

A expectativa da prefeitura é que o próximo Natal já seja comemorado com a nova praça central pronta.

Praça linear
É o nome do projeto que integrará os principais pontos turísticos de Brusque: o pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof com o parque das Esculturas. O dinheiro é oriundo de emenda parlamentar federal.

A praça linear consiste na sinalização, pintura e revitalização do caminho entre o pavilhão e o parque. Além disso, as obras de arte espalhadas pela cidade serão reunidas neste trajeto.

A praça linear também deve sair do papel em 2019, segundo a diretora do DGI.

PAC Nova Brasília
Uma das obras mais problemáticas, o PAC Nova Brasília não avançará enquanto não houver uma nova análise do solo na rua Joaquim Zucco. Segundo Andrea, o solo se mostrou muito mole, o que prejudicou todo o trabalho e por isso a obra parou de evoluir.

Mas a prefeitura faz, neste momento, a reforma do que já foi construído de macrodrenagem. Além disso, foi feita a ligação do túnel com as galerias.

A prefeitura busca uma solução, junto com a empresa contratada para análise do solo, sobre como continuar a obra. Segundo Andrea, se ficar comprovado que não há necessidade de continuá-la, o município terminará o que já foi feito e dará a obra por encerrada.

O projeto original previa que a macrodrenagem fosse feita em toda a rua Joaquim Zucco. Porém, Andrea diz que continuar o serviço em solo tão ruim pode gerar muitos prejuízos para as residências do entorno.

A análise do solo deve ocorrer no início deste ano. Essa decisão depende também de laudos técnicos da Caixa e da empresa que fez a verificação inicial.

Prolongamento da margem esquerda
Obra mais cara do atual governo, o prolongamento da avenida Arno Carlos Gracher, a margem esquerda da Beira Rio, deverá sair ainda neste ano.

O prolongamento refere-se ao trecho de 4 quilômetros entre a ponte Mário Olinger, perto dos Bombeiros, até o Santa Terezinha. Além da avenida, o projeto também tem pontes, enrocamentos e muros de contenção.

O financiamento de aproximadamente R$ 30 milhões já foi assinado em dezembro último. A licitação deverá ser lançada no início deste ano, para que em março já se conheça a vencedora, segundo Vequi.

A expectativa da prefeitura é que um consórcio vença a licitação. A obra é muito complexa por envolver pontes, enrocamentos e muros, além do asfaltamento.

O entendimento é que um consórcio, com várias empresas especialistas em cada tipo de obra, seria melhor para evitar erros e para que a obra possa ser realizada dentro do prazo estipulado, que é de dois anos.

Prolongamento da margem direita
No lado da avenida Bepe Roza, a Beira Rio, no Santa Terezinha, parte do prolongamento foi terminado em 2018. Porém, a obra do canal extravasor continua.

A prefeitura terminou de asfaltar o trecho entre as ruas Catarina Staack e Júlio Orthmann em dezembro. Mas o prolongamento da margem direita é bem maior.

Da rua Júlio Orthmann em diante até o limite com Itajaí será feito o canal extravasor, com a abertura para a avenida. Esta obra continua neste ano.

O desafio para a prefeitura é conseguir recursos para asfaltar também este trecho. Uma possibilidade é um convênio com o estado, como foi feito na primeira etapa de pavimentação, terminada em dezembro. Mas não existe nada alinhado.

Faz parte da margem direita também a ponte sobre o ribeirão Limeira. Será uma estrutura com 30 metros de vão e reforçada, porque terá de aguentar enchentes.

O custo estimado da ponte é de R$ 1,5 milhão. Andrea espera conhecer a empresa licitada no começo deste ano.

Plano Municipal de Mobilidade Urbana
A elaboração e aprovação do plano já estava na lista de prioridades de 2018, mas não foi feita. Agora, a lei federal não dá mais margem para adiamentos e o documento deve sair.

A elaboração do plano é importante porque é exigência federal. Sem ele, muitos recursos podem ser travados para o município.

Segundo o vice-prefeito Ari Vequi, a Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram) acompanha o processo. O custo do plano será de R$ 500 mil, conseguidos junto com o financiamento para a margem esquerda da Beira Rio.

Reforma administrativa
A reforma administrativa é promessa ainda não cumprida. Agora, a prefeitura diz que fará internamente a tal revisão geral de pessoal e de processos.

No ano passado, uma empresa foi licitada para elaborar a reforma, mas o contrato foi rompido porque a prefeitura alegou baixa qualidade no serviço prestado.

Ainda em dezembro, a prefeitura anunciou a readequação de comissionados. A ação fez parte dos preparativos para a reforma.

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Conforme o governo, alguns se enquadravam mais como assessores operacionais, assim como coordenadores desempenhavam funções de assessores técnicos. O projeto de lei mudando esses cargos foi aprovado pela Câmara de Vereadores no fim de 2018.

De acordo com a prefeitura, uma comissão com servidores com dedicação exclusiva será formada só para a reforma administrativa. Não se tem noção de quanto tempo irá demorar o  trabalho deste grupo, que será encabeçado pela Secretaria de Governo e Gestão Estratégica.

Vequi afirma que a reforma é uma necessidade. Ele se refere, principalmente, ao gasto com pessoal, que tem consumido cada vez mais o caixa da prefeitura.

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