Como sempre, temos uma questão temporal em relação às premiações que acontecem aos domingos: quando os tapetes vermelhos são estendidos, nossas conversas impressas já estão desfilando pelo papel branco, na gráfica. Não tem como comentar os resultados da noite mais emocionante (ou não) do cinema hollywoodiano, assim, quando o assunto está fresquinho. Só nos resta (já que não sou tão corajosa a ponto de arriscar meus palpites por impresso) explorar os arredores, os palpites alheios, as curiosidades, os premiados de penúltima hora. E deixar a análise sobre a premiação em si para depois, quando ela já estiver geladinha. Aqui, na versão blog da conversa impressa, poderia ser diferente. Mas como fazer isso depois de uma noite longa e cansativa? Releve, please.

Uma curiosidade são esses cartazes alternativos aí acima. E mais acima. Minimalistas, eles foram criados pelo designer holandês Chungkong. Mas muitos artistas abraçam o desafio de fazer suas versões dos cartazes dos filmes indicados ao Oscar. Muitos com resultados que vão além dos originais. Vale a busca, ano após ano, apenas pelo prazer visual.

Quanto às apostas e paixões dos críticos, o UOL perguntou a alguns deles quais seus preferidos, em várias categorias. Pena que faltou Ana Maria Bahiana, meu eterno farol, iluminando todos os mares cinematográficos. Roberto Sadovski (que foi editor da revista Set) marcou seu X em Corra!, assim como Miguel Arcanjo Prado e Natalia Engler.

O filme de Jordan Peele pode ter ganho um fôlego extra nas vésperas da maior premiação do ano. Na noite de sábado foi o grande vencedor do Independent Spirit Awards, a cerimônia que tem foco nos filmes independentes e que tem, nos últimos anos, alimentado a fama de gerar boas previsões para o Oscar.

Se a Academia repetiu a tendência do ano passado, de esnobar os filmes mais populares – com direito à anunciada volta de Faye Dunaway e Warren Beatty na revelação do prêmio principal – talvez hoje muita gente vá correr (hahaha) atrás do terror psicológico de Corra!