Assembleia do Sindmestre para debater situação da Buettner é cancelada

Encontro seria realizado na quinta-feira, 25 de julho, mas não houve adesão de associados

Assembleia do Sindmestre para debater situação da Buettner é cancelada

Encontro seria realizado na quinta-feira, 25 de julho, mas não houve adesão de associados

A assembleia que seria realizada ontem à tarde na sede do Sindmestre foi cancelada. O evento serviria para debater as atuais condições da trabalho na fábrica Buettner, que mantém o salário dos trabalhadores com um mês de atraso e opera com pouca estrutura.

A diretoria da fábrica – atualmente com 650 funcionários – depositou no começo da semana uma parcela de 50% do salários de junho. De acordo com o presidente do Sindmestre, Valdírio Vanolli, a empresa, desde que voltou à recuperação judicial, paga os salários de forma parcelada. “A proposta que faríamos hoje (quinta-feira, 25) seria de que a empresa depositasse os 50% restantes de junho até 31 de julho, e o salário integral de julho até 15 de agosto. “Queríamos ter votado essa demanda, junto a nossos associados, que, infelizmente, não compareceram”.

Vanolli afirma que não há como pressionar a empresa por melhores condições sem o apoio do trabalhador. “Também temos uma proposta de ação judicial conjunta para o pagamento do FGTS atrasado, mas sem a adesão dos associados, não temos força”. Ele informa ainda que a Buettner deve valores do fundo de garantia dos funcionários desde 2008. Segundo o sindicalista, a contribuição sindical recolhida pela fábrica também não foi repassada à entidade nos últimos meses.

Na semana passada, funcionários da Buettner fizeram paralisação em protesto aos salários atrasados. O presidente do Sindmestre explica que a fábrica possui pedidos, mas não há insumos para a produção, devido à falta de dinheiro em caixa. “Acredito que a empresa segue pelo mesmo caminho da (Fábrica) Renaux. Não vejo perspectiva de melhoras”, diz.

A Buettner estava em recuperação judicial desde 2011. No ano passado, a fábrica teve decretada sua falência, com continuidade da produção. No entanto, em março desse ano, o processo foi revertido e a empresa voltou à recuperação judicial. O prazo para que a  fábrica prove ter condições de estabilizar as finanças é de um ano.
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