Associação de Brusque tem projeto aprovado e realizará limpeza de trilhas na região

Amteb participou de edital da Fundação Fritz Muller e terá um ano para realizar a ação

Associação de Brusque tem projeto aprovado e realizará limpeza de trilhas na região

Amteb participou de edital da Fundação Fritz Muller e terá um ano para realizar a ação

A Associação de Montanhismo e Travessias de Brusque (Amteb) teve um projeto aprovado pela Fundação Fritz Muller, de Blumenau, para fazer a limpeza de algumas trilhas da região. O projeto é custeado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a associação recebeu R$ 9,9 mil para desenvolvê-lo.

O intuito da fundação é que associações da região realizem trabalhos que englobem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). No edital lançado pela fundação, o projeto deveria contemplar no mínimo dois desses objetivos. Com isso, a associação decidiu lançar o projeto Trilha Limpa.

Conforme Jefferson Francisco Costa, 42 anos, que deve assumir a presidência da associação em breve, o projeto consiste em três ações: catalogação das trilhas para avaliar a quantidade de lixo, recolhimento do lixo e a instalação de placas para instrução e conscientização dos trilheiros.

As trilhas serão o Morro do Barão, Morro da Gueba, Morro do Spitzkopf e Mordida do Gigante. As escolhas foram estratégicas devido à movimentação dessas trilhas que recebem muitos visitantes e adeptos do montanhismo e, consequentemente, o lixo vem com eles. “É mais pela conscientização, porque hoje o lixo parece ser algo infindável”, diz.

Como frequentam bastante as trilhas da região, os integrantes da associação perceberam que existe muito lixo dentro das trilhas.

Placas no Morro do Gueba instruem os visitantes a não deixarem lixo ou levarem algo | Foto: Amteb/Divulgação

“Fizemos uma excursão dentro do Parque Nacional da Serra de Itajaí e chegamos na área primitiva do parque, que é uma parte intocada, e lá dentro encontramos muito lixo, como plástico, lona preta, embalagens de comida como nescau e bolacha recheada”, explica. “Só quem frequenta as trilhas e os morros é que sabe a quantidade de lixo que existe nesses locais”, acrescenta.

O projeto elaborado pela Amteb contempla a preservação do meio ambiente e ação social de conscientização da população com relação ao lixo. “Queremos catalogar esse lixo para criar um perfil das pessoas que frequentam as trilhas, para fazer a conscientização baseada no perfil do lixo e das pessoas”, explica Costa.

Início da limpeza

A associação teve o projeto aprovado há pouco mais de duas semanas. O recurso de R$ 9,9 mil será utilizado para comprar luvas, óculos, gasolina, sacos para lixo, radio comunicador, placas orientativas, repelente, protetor solar, água, além de alimentação e outros itens.

Serão cerca de 10 a 15 pessoas que devem ajudar em cada etapa da ação, que deve durar algumas horas. “Como somos uma associação de montanhismo, a intenção é promover a modalidade e realizar um almoço na montanha como se fosse uma expedição com a comida que consumimos lá”.

Segundo ele, a associação já fez um calendário e já programou todas as ações que começarão neste fim de semana. Apesar de depender da condição do tempo, já foram pré-definidas as datas. A associação tem um ano para desenvolver e entregar o projeto completamente.

Topo da trilha da Mordida do Gigante | Foto: Amteb/Divulgação

Conforme o projeto, em um fim de semana os integrantes da associação farão a catalogação dos locais e em outro dia será feita a limpeza. Depois, será feita uma triagem do lixo para elaborar o perfil das pessoas que frequentam o local e a destinação correta do material. Posteriormente será feita a instalação das placas educativas.

O lixo será destinado para uma empresa especializada em Gaspar. “A cada 100 quilos de resíduos coletados receberemos entre cinco a seis tigelas de ração para cachorro que serão doadas para Acapra”, diz.

Avaliação da Amteb

Costa afirma que foi muito satisfatório ter o projeto aprovado. “Esse projeto vai dar uma alavancada na nossa associação, em questões sociais, principalmente. Já realizamos ações em Brusque com a Fundema e o Projeto Sairinhas. Esse projeto foi recebido com uma satisfação muito grande, principalmente por estar relacionado aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU”, avalia.

Ele diz que a associação encaminhou dois projetos para a fundação, sendo o Trilha Limpa e o Parque Nacional da Serra do Itajaí: antes e depois, com produção audiovisual. “Ter um projeto aprovado já foi um ganho fantástico, principalmente para nossa região. Brusque está cercada de montanhas e o ecoturismo está se desenvolvendo muito rápido. Com isso o lixo está vindo junto e ficando nas trilhas”.

Para ele, essas trilhas envolvem a questão social e cultural da região, pois os locais têm um envolvimento muito grande com a cultura local. “O morro do Barão tem uma história muito antiga com a cruz que é de 1800. O Morro da Gueba também é um morro bem alto e muito frequentado pela comunidade”, declara.

Acompanhe o desenvolvimento do projeto no Instagram da associação: @motrace

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