E agora, minha gente? Em meio ao castelo de cartas desmoronado das acusações de assédio, as notícias dos últimos dias centraram foco no ator de Tootsie.

Sim, Dustin Hoffman está sendo acusado de assédio sexual bem ao estilo Harvey Weinstein, envolvendo quartos de hotel, banhos, toalhas e… no caso mais chocante, a amiga de 16 anos de sua filha.

Por enquanto e diferentemente dos demais acusados, Hoffman tem negado as acusações. Mas dificilmente terá fôlego para continuar negando, já que várias mulheres estão tomando coragem e denunciando esses assédios não recentes.

São tempos de coragem por contágio, tempos em que ídolos se transformam em vermes e que nós temos que transformar em algo positivo, impedindo que seja só uma fase e que tudo se acomode, com todos os vícios anteriores, mais adiante.

Na próxima temporada de premiações, não estranhe se a quantidade de atrizes vestindo “pretinhos nada básicos” for maior do que a habitual: o uso da cor está sendo tomado como símbolo do repúdio ao assédio em Hollywood. Mas, mesmo que várias atrizes de peso já tenham aderido à campanha, sempre existem aquelas vozes destoantes: Rose McGowan , por exemplo.

A atriz de Charmed, uma das assediadas por Weinstein, pega em um ponto interessante. Diz que o protesto silencioso via cor da roupa tem um problema: é tão silencioso quanto o tempo todo em que, apesar de todos saberem que o problema existia, ninguém abriu a boca para falar.

Decididamente, o red carpet da temporada será muito interessante de seguir… até porque nada impede que, além do luto nas roupas, as pessoas usem todos os microfones para trazerem o tema à tona.