Praticantes de tiro esportivo são autorizados a transportar armas com munição

Permissão é válida apenas nos deslocamentos de suas residências para os locais de competição ou treinamento

Praticantes de tiro esportivo são autorizados a transportar armas com munição

Permissão é válida apenas nos deslocamentos de suas residências para os locais de competição ou treinamento

Desde o mês passado, os praticantes de tiro podem transportar armas de fogo com munição nos deslocamentos de suas residências para os locais de competição ou treinamento. A liberação se deu por meio da portaria 28 do Comando Logístico (Colog) do Exército, que também estende para cinco anos a validade do Certificado de Registro de Arma de Fogo (Craf).

Os atiradores do Clube de Caça e Tiro de Brusque – 400 registrados – comemoram a notícia. Antes eles utilizavam a arma desmuniciada. O diretor de Tiro Prático do clube e instrutor credenciado de armamento e tiro, Emerson Klann, diz que o atirador transita com muitas armas e munições, que podem ser roubadas e usadas por criminosos.

“As autoridades do Exército e da Polícia Federal têm visto da mesma forma. É uma defesa para que a arma do atirador não chegue na mão de um criminoso”, diz.

O diretor defende “que tudo deve ser permitido para o cidadão de bem”, já que as leis devem ser cumpridas. Ele diz que hoje a legislação permite que o atirador sai da sua residência e vá até o clube treinar com uma arma devidamente municiada.

“Se o atirador cometer algum desvio de rota e for pego, ou praticar um crime, que seja julgado e incriminado na forma da lei. Não se pode tirar o direito de quem transita e circula com uma arma. Não se pode também julgar os legais por causa da conduta de um ou dois ilegais”.

Para Klann, o assunto é polêmico, porém é preciso desmistificar que o armamento transformará alguém em “bandido”. “É um esporte como qualquer outro”, diz.

Projeto em análise
Embora a portaria já autorize o transporte das armas com munição, um projeto de lei semelhante está em discussão no Senado desde março. A proposta do senador Dalírio Beber (PSDB-SC) está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A justificativa é de que as armas de fogo dos atiradores desportivos são cobiçadas pelos criminosos e estando carregadas, eles podem realizar a sua própria defesa. Dalírio diz que os praticantes de tiro “sabem manusear uma arma” e a medida pode evitar o roubo do equipamento e de seu portador.

A proposta tramita em decisão terminativa na CCJ e se for aprovada sem receber emendas, segue direto para análise da Câmara dos Deputados.

Tiro esportivo
O tiro esportivo esteve presente nas Olimpíadas desde a primeira edição, em 1896, em Atenas, na Grécia.

Nos últimos jogos olímpicos, realizados no Rio de Janeiro (RJ), o brasileiro Felipe Wu conquistou a medalha de prata na modalidade tiro esportivo de ar 10 metros. Foi a primeira medalha brasileira dos jogos do Rio e a primeira da modalidade desde os Jogos de Antuérpia, em 1920.

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