Atual vice-prefeito, Alcir Merizio (MDB) apresenta propostas para governar Botuverá

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Atual vice-prefeito, Alcir Merizio (MDB) apresenta propostas para governar Botuverá

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Idade: 54 anos
Naturalidade: Botuverá
Profissão: Empresário
Grau de instrução: Ensino Médio completo
Número na urna: 15

Alcir Merizio (MDB) é natural de Botuverá, nascido no bairro Águas Negras. Atualmente é empresário, atuante há mais de 30 anos no ramo madeireiro e têxtil.

Merizio ingressou na política pela primeira vez nas eleições de 2016, como candidato a vice-prefeito. Foi eleito e atualmente ocupa o cargo no município.

Se preferir, ouça a entrevista no podcast do jornal O Município no player abaixo:

Como candidato que representa a continuidade do trabalho de dois mandatos da atual administração, Merizio falou sobre  projetos já iniciados e também propostas para saúde, infraestrutura e turismo.

Assista entrevista na íntegra

Quais as principais medidas para melhorar a saúde no município? Qual você avalia que é o principal problema atualmente?

As prioridades do nosso governo são saúde, educação e estradas. Além do nosso plano de governo, temos que comentar o que já está sendo feito. Hoje, o que vem do Ministério da Saúde são R$ 5 mil mensais para a média complexidade, R$ 77 mil anuais, mas a gente tem consórcio com a Ammvi para fazer os exames. Gastamos R$ 500 mil nesses exames em 2019. O plano é continuar com essas ações, tanto na média quanto na alta complexidade, o que temos muita dificuldade. Como a alta compete ao governo estadual, vamos focar nisso aí. A maior dificuldade hoje, na saúde, são as cirurgias de coluna. É importante a união dos secretários da região, que já existe, para ter soluções.


Como avalia o trabalho realizado pela Casan e pela prefeitura? É a favor de municipalizar totalmente o sistema de água ou entregar a operação para a iniciativa privada? 

Hoje, a concessão da água é da Casan, que tem mais ou menos 500 ligações e outras 500 são do município. Esse ano vence o contrato, e tem conversação para ver se vamos renovar. A gente tem projetos nos bairros, que não possuem água, para a gente implantar. É um assunto um pouco complexo, vamos ter que ter a participação dos vereadores e população para ver a maneira para resolver.


O senhor esteve no governo municipal nos últimos quatro anos como vice e se apresenta como opção de continuidade. Onde acha que a atual gestão poderia ter atuado mais e não foi possível? 

A questão das cirurgias de alta complexidade de ortopedia, principalmente de coluna. A gente queria fazer muito mais, a gente tem que ser realista, entender a realidade do município. A arrecadação do município se mantém, mas, para fazer mais, temos que ter parceiros.


No seu plano de governo você prevê a privatização do setor cultural e do turismo, através de parcerias com empresas. Como funcionará?

É difícil para o governo municipal fazer turismo, e queríamos fazer parcerias não só para o turismo, mas também para a cultura. Já temos pessoas da iniciativa privada em muitas atrações turísticas, mas a gente gostaria que mais pessoas se envolvessem. A gente pretende incentivar nossa população a investir no turismo. Botuverá tem potencial. Vamos dar todo o suporte e orientações para que a gente possa melhorar a nossa oferta de pousadas.


A juventude de Botuverá se mostrou preocupada com as poucas perspectivas para crescer profissionalmente. Concorda que faltam oportunidades? De que maneira pretende incentivar a geração de empregos?

A gente se preocupa bastante com a profissionalização dos jovens e vamos buscar parcerias com Acibr, Senai, Sesi, para poder proporcionar cursos para esses jovens ingressarem no primeiro emprego. 

Quais as obras prioritárias para incentivar o crescimento econômico de Botuverá? Como conseguir recursos para viabilizá-las?

A obra prioritária seria a abertura da SC-486, que liga Botuverá a Vidal Ramos. Essa rodovia é estadual, a gente vai buscar recursos. Já tivemos contato com o deputado Jerry (Comper), que se comprometeu a nos ajudar a ter recurso.


Você acredita que o número de cargos comissionados, 38, é adequado? Pretende manter, aumentar ou reduzir esses cargos se for eleito prefeito?

Temos que dar graças a Deus pelos nossos comissionados. Fizemos concurso público em 2017, depois o Ministério Público nos orientou a cancelar. Em 2018, fizemos outra licitação, outro concurso, e, antes do resultado, o MP suspendeu novamente. Então, ainda bem que a gente pode contar com os comissionados, porque, com os concursos suspensos, a gente tem essa saída.


Você pretende realizar concurso público durante seu governo? Qual área tem mais necessidade?

Vamos ter que ver o desfecho teve concurso cancelado, então não podemos fazer outro antes de resolver esse. Vamos ver o que a Justiça vai determinar, mas com certeza é necessário fazer concurso para suprir essas vagas na prefeitura.


O governo atual lutou pela construção da barragem em Botuverá. É favorável à construção? Se for, o que pretende fazer para que ela seja executada? 

Ao contrário do que o Alex (candidato da oposição) disse na entrevista, que não feito nenhuma audiência pública, mas houve sim uma, com a Fatma e Defesa Civil. É importantíssima essa barragem. Quantas pessoas aqui de Brusque tiveram suas casas invadidas pela água em enchentes? É necessária para a contenção de cheias, mas também pode gerar energia e captação de água. Já tem projetos para fazer canalização da água para mais de 1 milhão de pessoas. As pessoas, às vezes, ficam com a barragem de Brumadinho na cabeça, mas essa é totalmente diferente.


Quais os principais investimentos que a educação de Botuverá precisa? Acredita que o nível de ensino atual é bom?

A gente investiu, desde o primeiro mandato do Nene (atual prefeito), muito em educação. No nosso mandato, abrimos a escola de Pedras Grandes, que tem mais de 140 alunos, também investimos da escola no Ribeirão do Ouro. Mas também investimos muito em profissionalização do nosso professor, para capacitá-los. Discordo que o nosso ensino seja precário. Com certeza, nossos professores estão capacitados para dar uma boa educação. Também investimos em material didático de primeira geração, que ajudou muito nessa questão de aulas on-line. Vamos dar a ferramenta para o nosso professor e também ouví-los.


Chuvas fortes destruíram ou danificaram diversas pontes e pontilhões na cidade. Se for eleito, como pretende melhorar a atuação da Defesa Civil?

A gente já iniciou esse projeto ano passado, estamos trocando 80 pontilhões de madeira por galerias. Já vai ser uma ação por causa das enxurradas. O prejuízo e o perigo dessas pontes antigas era muito grande. É uma obra que o próximo prefeito não terá gastos. Pretendemos sempre aprimorar os trabalhos.


O seu plano de governo prevê apoio às novas agroindústrias, incentivo a apicultores e piscicultores, entre outros. Como efetivamente a prefeitura pode ajudar?

Hoje, Botuverá tem algumas agroindústrias, o que foi uma conquista do nosso governo. A gente sabe que é um potencial que pode crescer muito. Todas essas indústrias têm o selo, é um avanço grande. Vamos manter esse apoio. 


O seu plano de governo prevê a nomeação de líderes nos bairros para analisar as demandas sociais para repassar ao governo. Como funcionaria? Essas pessoas seriam contratadas pela prefeitura?

Já fizemos quase 200 visitas a famílias (durante a campanha) e estamos buscando lideranças nos bairros, não remuneradas, para ouvir a população. Queremos fazer mais reuniões nos bairros, cada comunidade tem interesses e também realidades diferentes. Vamos buscar essa parceria e o contato com a comunidade. É importantíssimo a população participar da administração.


Você pretende iniciar a implantação da rede de tratamento de esgoto na cidade? Qual modelo de gestão considera ideal?

Já temos um projeto feito pela Funasa, que está aprovado e é questão de buscar recurso para consolidar, é um projeto grande, ambicioso para o Centro. Mas também temos projetos para os bairros. Como nosso município é muito extenso, a gente pretende fazer pequenos tratamento nos bairros. Vamos fazer esse esgoto comunitário. Estamos fazendo e queremos fazer cada vez mais as fossas individuais, fazemos com nossas máquinas sem custo para o morador.


Como a prefeitura pode incentivar os micro e pequenos empreendedores? Há alguma proposta para incentivar o empreendedorismo?

Já estamos fazendo, ano passado fizemos um convênio com o Sebrae. A cidade já tem Sala do Empreendedor, a gente consegue, desde a abertura da empresa, fazer o acompanhamento da empresa, abertura de MEIs. Vamos ampliar o apoio ao microempreendedor no nosso governo.


Como mudar a questão dos cargos comissionados e secretários, já que muitos não tem formação na área?

A gente tem que fazer algumas mudanças. Se não mudar a pessoa, tem que mudar a postura. A gente tem profissionais da área, a gente pretende melhorar o serviço do secretariado para atender bem melhor a população.


A prefeitura pode executar a ligação até Vidal Ramos?

Embora elencada como obra prioritária, a abertura da SC-486 até Vidal ramos compete ao governo do estado. Nesse caso, o máximo que o município pode fazer é articulação política e pressão para que o governo do estado destine atenção e recursos à obra.

A prefeitura recebe R$ 5 mil por mês para média complexidade?

Quase isso. De acordo com o Portal da Transparência do governo federal, o valor mensal repassado pelo Ministério da Saúde para média e alta complexidade em Botuverá foi de R$ 4.464,69 em 2020.

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