Aumentos no preço da gasolina são sentidos por motoristas de Brusque e região

Valor médio subiu R$ 0,4 nas bombas em pouco mais de uma semana

Aumentos no preço da gasolina são sentidos por motoristas de Brusque e região

Valor médio subiu R$ 0,4 nas bombas em pouco mais de uma semana

Os recorrentes reajustes dos custos dos combustíveis fizeram os preços do litro da gasolina aumentarem em cinco de 10 postos pesquisados em Brusque. A comparação é feita com base no acompanhamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado na semana passada, com valores do dia 17 deste mês e atualizados nesta terça-feira, 25, por O Município.

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Além dos postos que fizeram reajustes, o levantamento indicou que em três deles o preço se manteve desde a semana passada e, em dois, houve redução. As variações fizeram o preço médio, considerando as unidades pesquisadas, subir R$ 0,4 por litro. Entre os postos que repassaram o reajuste, é possível encontrar valores até R$ 0,14 mais caro em comparação com a semana passada.

Entre os 10 postos pesquisados pela ANP, oito não apresentaram notas fiscais de compra no momento do levantamento, no dia 17. Até a data, o brusquense pagava, em média R$ 4,23 por litro para abastecer nos postos pesquisados. A partir desta semana, a mesma quantia estava saindo por R$ 4,27 nos mesmos estabelecimentos.

O valor médio da cidade entre 16 e 22 de setembro fica abaixo da média catarinense, segundo os dados da ANP. Santa Catariana tem o litro médio da gasolina comum a R$ 4,31. O levantamento estadual leva em conta os preços repassados por 250 postos.

 

Procura por preço
Segundo o empresário Adilson Merizio, proprietário de dois postos de combustíveis, os frequentes aumentos de preço por parte da Petrobras dificultam a atuação das empresas. As elevações, segundo ele, eram esperadas, devido à falta de confiança do governo federal. Outro fator indicado está nas variações do dólar.

Para Merizio, o reconhecimento da qualidade do combustível e serviços oferecidos são fundamentais para conseguir manter a clientela. Apesar das tentativas, afirma ser comum os motoristas optarem por preços mais baixos, sem levar em conta as características do combustível.

Ele diz que é difícil manter a atuação das unidades com retorno financeiro. As margens mais baixas, afirma, não só desestimulam os empresários do setor, mas dificultam a operação. “Hoje, para manter toda e estrutura, com o que vem sobrando para as empresas é complicado.”

Sentindo no bolso
Morador do bairro Limeira, Dalmario Albuquerque, 65 anos, precisa se deslocar para o Centro todos os dias para trabalhar. O trajeto consome R$ 250 por mês do orçamento da família, mesmo adotando medidas para evitar gastos desnecessários. Quando precisa fazer mais de uma atividade, prefere estacionar o carro em uma área central e fazer todas elas a pé. Já durante os finais de semana, é comum utilizar o transporte público para economizar.

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Segundo ele, os reajustes são claros no orçamento da família. No início do ano, lembra, os gastos com gasolina não chegavam a R$ 200. O motorista tem receio de novos reajustes até o fim do ano. De acordo com ele, a tendência é que o preço do combustível continue subindo. “Vamos ver no que vai dar. Tem que andar né? Precisa, né? Vou fazer o quê?”, lamenta.

Guabiruba e Botuverá
O panorama dos preços encontrados em Brusque não difere muito do verificado nas cidades do entorno. Nos municípios vizinhos, os reajustes mais recentes foram há cerca de três semanas na maioria dos estabelecimentos. Em Guabiruba, os três postos verificados, no Imigrantes, São Pedro e Centro praticam o mesmo preço ao consumidor: R$ 4,29.

Já os motoristas de Botuverá precisam arcar com valores mais altos para abastecer. Na cidade, o litro da gasolina comum sai por R$ 4,52. Os valores nas duas cidades foram apurados nesta quarta-feira, 26.

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