Um dos grandes presentes de aniversário do agora centenário Clube Esportivo Paysandú foi a publicação de um livro que conta sua história completa. Para sempre O Mais Querido é resultado de um processo de quatro anos de pesquisa do professor do curso de Direito da Unifebe, Ricardo José Engel, além de contar também com crônicas do ex-goleiro, ídolo e hoje presidente Valdir Appel.

O livro foi lançado oficialmente no dia 30 de novembro, na presença de ilustres paysanduanos, além do técnico Joel Santana, que atuou profissionalmente com Valdir Appel. Dividido em capítulos que remontam as memórias do alviverde, Para sempre O Mais Querido traz em sua introdução o encontro dos jovens que decidiram fundar a agremiação. O trabalho de pesquisa envolveu busca em documentos, jornais, e principalmente dezenas de entrevistas.

Interesse despertado
Engel revela que sempre teve interesse pelos documentos que remontam a história, principalmente de Brusque e região. Foi enquanto garimpava material para o livro Pedalando Pelo Tempo – História da Bicicleta em Brusque, que ele tomou gosto pelas memória do Paysandú. Ele descobriu há cerca de quatro anos a paixão que Ayres Gevaerd, criador e organizador do Museu e Arquivo Histórico do Vale do Itajaí, conhecido como Casa de Brusque, nutria pelo Alviverde da Pedro Werner.

Esse apreço pelo clube fez com que Gevaerd guardasse, com muito zelo, documentos que foram essenciais para o trabalho de Engel décadas depois. “Foi importante notar o apreço das pessoas pelo clube. Não é à toa que foi intitulado, ao longo do tempo, como O Mais Querido. Por isso o nome do livro”.

Ricardo Engel ao lado de Valdir Appel no dia do lançamento do livro do Paysandú / Foto: Ricardo Engel/Arquivo pessoal

Ele também foi bastante incentivado por Appel. Os livros do ex-goleiro o motivaram a seguir na empreitada. “Conheci os livros dele e conversamos sobre a possibilidade do livro. É interessante, porque o Appel é formado na base do Paysandú. Então conversamos com a diretoria, que topou o projeto”.

Engel explica que, ao contar, nas entrevistas, que estava publicando este que é o maior acervo material da história do Paysandú, teve grande receptividade daqueles que fizeram parte dos 100 anos do alviverde. “Todos manifestaram muita satisfação. Se sentiram valorizados por uma pequisa histórica”.

Construção narrativa
Após feitas as entrevistas e a levantamento documental, era hora de estabelecer uma ordem para contar esta história. “Eu fiz um sumário, dividindo tudo por capítulos. Cada capítulo é um tema, como a fundação, o futebol, a evolução patrimonial e a cultura verde e branca”. São 276 páginas divididas em cinco capítulos, com grande compilação de fotos que ajudam a ilustrar o passado vitorioso do Paysandú.

Chama a atenção a riqueza de detalhes e informações, obtidos por meio do incessante trabalho de Engel. Somente entre os jornais impressos, o autor do livro utilizou 19 diferentes veículos, entre os quais O Município. A pesquisa fotográfica também foi intensa, contando com ajuda de amigos que guardaram retratos históricos em álbuns de família. Um dos principais foi Érico Zendron, que também foi jogador do Paysandú.

O livro foi publicado pela editora da Unifebe, com colaboração de Luis Teixeira, Celso Deucher, Francisco Daniel Imhof, Karol Fritze, Luciana Paza Tomasi e Newton Patrício Crespi.


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