Banca Jardim fecha após 20 anos de atendimento

Espaço localizado na praça Barão de Schneeburg encerrou as atividades há oito dias, cinco meses antes do fim da concessão

Banca Jardim fecha após 20 anos de atendimento

Espaço localizado na praça Barão de Schneeburg encerrou as atividades há oito dias, cinco meses antes do fim da concessão

Nos anos 50, após a demolição do palácio de Carlos Renaux e antes de receber o nome “Barão de Schneeburg”, a praça localizada no coração de Brusque chamava-se Salgado Filho. Com o passar dos anos, o local sofreu uma série de transformações. Entre elas, a instalação da uma pequena banca de alumínio. O espaço distribuía jornais e revistas à população. Em 1995, e após passar por mais algumas reformas, a estrutura da banca foi completamente remontada e ampliada. De lá para cá, novos produtos também foram inseridos no negócio.

No entanto, nos últimos anos, a Banca Jardim já não rendia tanto quanto antigamente. E como o contrato de concessão de uso de 20 anos entre a prefeitura de Brusque e o proprietário do negócio, Eleotério Graf, acaba entre maio e junho deste ano, Graf preferiu fechar as portas do local. A antecipação da entrega das chaves deve-se, segundo ele, ao longo processo burocrático que envolve a devolução.
“Como tínhamos uma banca funcionando com uma equipe profissionalizada, praticamente uma empresa, a rentabilidade dela para essa estrutura era muita baixa, isso está acontecendo no Brasil inteiro. A distribuidora não estava remunerando bem o preço de capa, isso inviabiliza o trabalho. Do jeito que estávamos fazendo, só funcionaria e daria lucro se a empresa fosse familiar, com esposa e filhos trabalhando”, argumenta.

Graf explica que a Dinap, empresa do Grupo Abril responsável pela distribuição de publicações no país, pratica valores baixos para cada exemplar vendido. Com a alta carga tributária, o negócio já não tinha tanto gás quanto antigamente. Outro ponto que influencia nos valores e também na queda das vendas é a internet. Segundo o proprietário, o sistema global da rede de computadores é o principal vilão das bancas.

“O consumo passou a ser diferenciado, o cliente tradicional ficou mais restrito. Os jovens passaram para a internet, com o uso do tablet, o computador e o celular. Então o consumo já reduziu. E esse também é um dos motivos que nos fazem lucrar menos, mesmo sendo tradicional e tendo bom volume de clientes”, diz.

Antes de adquirir o espaço na década de 90, Graf lembra que trabalhava com distribuição de publicações. Isto, inclusive, foi o principal motivo para a abertura da banca. “Foi consequência do que já fazíamos”, conta.

Além da mudança na banca, a praça Barão de Schneeburg passará por revitalização em 2016. O processo, que contará também com a reforma do calçadão Cônsul Carlos Renaux, está em fase de elaboração no Departamento Geral de Infraestrutura (DGI).

Legenda: O proprietário da banca Jardim fechou as portas do local em 29 de dezembro
O proprietário da banca Jardim fechou as portas do local em 29 de dezembro
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