Boca de urna: resultado da eleição está indefinido

Alguns dos parlamentares ouvidos pelo Município Dia a Dia não confirmam em quem votarão no dia 30 de abril

Boca de urna: resultado da eleição está indefinido

Alguns dos parlamentares ouvidos pelo Município Dia a Dia não confirmam em quem votarão no dia 30 de abril

Conforme pesquisa realizada pelo Município Dia a Dia junto aos parlamentares brusquenses, dos 15, o voto de três permanece indefinido, em relação à eleição suplementar indireta, que será realizada no dia 30 deste mês, pela Câmara de Vereadores, para escolha do novo prefeito de Brusque. A maioria, porém, já tomou posição e declara abertamente o voto. O que não dá, contudo, nenhuma garantia aos candidatos Ingo Fischer (PP) e Roberto Prudêncio (PSD), já que a votação, no dia do pleito, é secreta.

Os três votos não declarados abertamente, dos vereadores Jean Pirola (PP), Norberto Maestri, o Kito (PMDB) e Moacir Giraldi (PTdoB) serão o fiel da balança, na hora da definição de quem será o novo prefeito de Brusque. Isso porque, conforme conta prévia, Fischer tem cinco votos garantidos e, Prudêncio, sete.
Ingo Fischer tem o apoio irrestrito da bancada do PT. O presidente do partido em Brusque, Felipe Belotto, afirma que não houve e não haverá coligação formal do partido com Fischer: ou seja, acabou-se a especulação de que o partido indicaria o vice no lugar de Juarez Piva (PP).

Apesar de não haver o apoio formal, Belotto reitera que o apoio à candidatura pepista foi aprovado em convenção partidária, o que deve ser seguido pela bancada do partido – composta por quatro vereadores – na hora da votação. “Vamos fazer oposição ao atual governo, sabemos bem o que ele representa”, discursa.

A vereadora Marli Leandro, líder da bancada do PT na Câmara, confirma o voto em Fischer, e diz que a bancada está “100% fechada” com ele, assim como o vereador Edson Rubem Muller, o Pipoca (PP). No caso de Jean Pirola, outro membro progressista no parlamento, a indefinição permanecerá até o dia da votação.
Pirola: declaração só depois

Consultado pelo Município Dia a Dia, Jean Pirola, que atualmente preside a Câmara de Vereadores, informou que só irá comentar seu voto depois do resultado da eleição. Ele, que ainda deixa dúvida se irá seguir a orientação partidária e votar em Fischer, ou se manter fiel ao bloco de oposição ao governo Paulo Eccel, alega outro motivo para não revelar o voto, o fato de ser o responsável por organizar as eleições.

“Como presidente da Câmara, sou o juiz eleitoral, se declarar voto posso trazer nulidade à eleição. Pode ter questões que serei obrigado a julgar, envolvendo qualquer um dos candidatos”, explica.

O vereador afirma, contudo, que o seu voto já está definido, em conversa com o seu “grupo”. “Não o grupo político-partidário, é um grupo de pessoas o qual eu faço parte”, esclarece, sem citar nomes. A dúvida do voto de Pirola surgiu na convenção do PP, no qual ele se declarou insatisfeito com a forma com que o partido conduziu o processo de escolha dos nomes para compor a chapa.

Quem também não irá declarar o voto é o vereador Norberto Maestri, o Kito, que participa hoje de sua primeira sessão ordinária. Ele afirma que está analisando as duas candidaturas, e que ainda irá conversar com Joaquim Costa, o Manico, titular da cadeira do PMDB no Legislativo. Como é sabido, Kito participou ativamente da gestão Paulo Eccel, como secretário de Turismo.

O vereador Moacir Giraldi (PTdoB) foi procurado na tarde de ontem, mas não atendeu às ligações da reportagem. Fontes ligadas à base aliada de Prudêncio confirmam, porém, que o PTdoB mantém conversações em aberto com as duas candidaturas.
Bancada governista fechada

Do outro lado, o prefeito interino Roberto Prudêncio Neto (PSD) conta com o apoio de sua bancada no Legislativo, que é do mesmo tamanho da do PT, com quatro vereadores. Um deles, que é suplente, assumiu a cadeira há poucos dias, afirma que seu voto será dado em Prudêncio por interesse particular. Zancanaro, do PSD, explica seu pensamento.

“A princípio, eu voto em benefício próprio. Quero me manter na Câmara e, para que isso aconteça, o atual prefeito precisa permanecer na prefeitura”, afirma. “Mas é uma eleição ainda aberta, numa eleição secreta, tudo pode acontecer”, pondera Zancanaro, que recusou convite para ser secretário de Educação, o qual diz que “aceitará com muito prazer”, após as eleições, em caso de vitória de Prudêncio.

Alessandro Simas, do PR, também antecipa seu voto em Prudêncio. Ele afirma que havia preparado uma declaração de voto para a sessão de hoje da Câmara de Vereadores. “Meu posicionamento é com o Roberto e com o Danilo [Rezini, candidato a vice na chapa], é o grupo que a gente quer para tocar a cidade de forma coletiva”, diz Simas. Além dele, Prudêncio tem o apoio do PPS (André Rezini) e de parte do PMDB (Guilherme Marchewsky).

O mapa dos votos

Dos 15 vereadores, 12 já escolheram lado na disputa partidária: cinco em Ingo Fischer e sete em Roberto Prudêncio; porém, três deles ainda não se manifestaram publicamente em apoio a nenhuma das candidaturas, e a disputa permanece indefinida
INGO FISCHER

Claudemir Duarte, o Tuta (PT)
José Isaias Vechi (PT)
Marli Leandro (PT)
Valmir Ludvig (PT)
Edson Rubem Muller, o Pipoca (PP)
INDEFINIDO

Jean Pirola (PP)
Norberto Maestri, o Kito (PMDB)
Moacir Giraldi (PTdoB)
ROBERTO PRUDÊNCIO

Ivan Martins (PSD)
José Zancanaro (PSD)
Dejair Machado (PSD)
Celso Emydio (PSD)
Alessandro Simas (PR)
André Rezini (PPS)
Guilherme Marchewsky (PMDB)

 

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