Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Bolsonaro despreza bom senso ao participar de reunião com camiseta pirata do Palmeiras

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Bolsonaro despreza bom senso ao participar de reunião com camiseta pirata do Palmeiras

Raul Sartori

Excluído
Foi falta total de etiqueta – e para isso não há a desculpa de governo ainda aprendendo a governar – a forma como um conselheiro do porto de Imbituba – o criciumense Édio Castanhel – foi dispensado do cargo. Ninguém do governo Carlos Moises lhe disse nada. Só ficou cabreiro da dispensa quando notou que foi deletado de um grupo de Whatsapp.

Folclore
Tudo tem um limite. Ver o presidente Jair Bolsonaro ostentar, em reunião de trabalho com todos os demais presentes engravatados, uma camisa “pirata” do Palmeiras, é desprezar o bom senso, a imagem pública, a aura do cargo. Isso sem falar que se faz feliz o torcedor palmeirense, desagrada todos os das demais equipes. Quer ser populista? Vista a camisa da Seleção Brasileira!

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Estupefação
Foi como que dizendo “aqui não encontrarão nada que comprometa” o clima com que foi recebida na Fiesc, ontem cedo, a bombástica notícia da prisão do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. Durante o dia seriam cumpridos outros 40 mandados de busca e apreensão, em vários estados. A CNI é o órgão máximo do sistema sindical patronal da indústria e atua em articulação com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de entidades no Brasil e no exterior.

Dessa água…
O líder do MDB na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Fernando Vampiro, afirma de pés juntos que a bancada será “independente” em relação ao Executivo. Alguns de seus colegas, porém, só se lamentam. Tem saudades do velho e conhecido balcão de negócios. Se pudessem dariam todo seu apoio ao governo em troca de cargos.

Insegurança
O TJ-SC estuda a adoção de um protocolo para disciplinar o transporte dos jurados após o término das sessões do júri. O objetivo é garantir sua segurança, que em alguns casos necessitam de atenção especial em casos de julgamento que envolvem membros de facções criminosas, por exemplo.

Cultura excluída
Com as novas criadas semana passada, funcionam ou vão funcionar na Assembleia Legislativa 24 frentes parlamentares para defender ou dar apoio a isso ou aquilo. Vão desde turismo, esporte, rodovias, serviço público, violência, segurança, infraestrutura a até incentivo à produção artesanal de cerveja. Mas nada de saneamento e cultura.

Pobres
De causar dó ver dois craques muito conhecidos do nosso futebol, residentes em Florianópolis, que se sabe que ganharam muito dinheiro, mas agora estão pobres. No último final de semana um deles assediava amigos no centro da cidade para que pudesse saldar prestação vencida do carro usado que comprou. Outro se desdobrava em convencer consumidores a comprar badulaques de uma lojinha de comércio popular na área do Mercado Público.

Piano
O decantado projeto “Um piano pela estrada”, que já passa da marca de 500 concertos, dos quais algumas dezenas em SC, realizados sobre carroceria de um caminhão adaptado, está acabando por falta de patrocínio. Seu idealizador, o pianista Arthur Moreira Lima, que vive boa parte do ano em Florianópolis, está desolado.

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Estupro corretivo
Começou a tramitar no Congresso projeto que inclui o crime de “estupro corretivo” no Código Penal. É aquele, segundo o texto, cometido para controlar o comportamento sexual ou social da vítima. Nesse caso, a pena seria aumentada em um terço. Ocorrem de duas maneiras: a primeira tendo como vítimas mulheres lésbicas, para haver uma “correção” de sua orientação sexual; a outra para “controle de fidelidade”, em que namorados ou maridos ameaçam a mulher de estupro por todos os amigos ou membros de gangues.

Boi e rodeio
Enquanto em SC se estudam formas de neutralizar a medieval farra do boi, no vizinho Rio Grande do Sul sua bancada federal faz intenso lobby para que o rodeio crioulo e a Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo se tornem “manifestações da cultura nacional”, caso sejam aprovados no Senado dois projetos de lei. Seus autores dizem que nos pampas ocorrem mais de 300 rodeios crioulos todos os anos e cerca de mil provas de tiro de laço, que reúnem 4,5 milhões de pessoas. O impacto econômico supera R$ 1 bilhão e uma arrecadação tributária de aproximadamente R$ 170 milhões. A farra do boi agrega o que, arrecada quanto?

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