Bombeiros reforçam atenção com queimadas até o início de outubro

Só em 2017, foram contabilizados cerca de 110 mil metros de vegetação atingidos por chamas em Brusque

Bombeiros reforçam atenção com queimadas até o início de outubro

Só em 2017, foram contabilizados cerca de 110 mil metros de vegetação atingidos por chamas em Brusque

Os recentes focos de incêndios em vegetação em Brusque alertam para os riscos gerados com os períodos de estiagem. Pelo relatório diário de risco da Epagri/Ciram, desta segunda-feira, 23, o município está entre áreas de risco de incêndio médio e alto. Desde sábado, bairros como Ponta Russa, Nova Brasília, Bateas, Santa Terezinha, Guarani e Santa Rita foram atingidos.

A estimativa foi de pelo menos 50 mil metros quadrados de área queimada. Entre os pontos atingidos estavam áreas de reflorestamento ambiental, no bairro Rio Branco. Nele, uma área de cerca de 30 mil metros quadrados foi consumida pelo fogo. A área é equivalente a cerca de quatro campos de futebol.

Leia também:
Salário do prefeito de Brusque está entre os maiores de Santa Catarina

Idosa abandonada morará definitivamente com amiga de Tijucas

O período é considerado crítico pelo comandante do Corpo de Bombeiros de Brusque, tenente Jacson de Souza. De acordo com ele, pelo histórico local e as expectativas de precipitações para a região, a atenção deve seguir redobrada até o início de outubro.

Até o início desta semana não era possível indicar qual era a área afetada pelos incêndios no município neste ano. Segundo o relatório do Corpo de Bombeiros de 2017, cerca de 110 mil metros quadrados foram atingidos. “Já sabemos que julho choveu bem pouco e a tendência é que a situação se agrave”.

Condição favorável
Além dos baixos índices de umidade do ar e períodos longos sem precipitação, o comandante indica o excesso de vento como agravante para a situação da última semana. A condição, ressalta, exige ainda mais atenção na manipulação do fogo. “São fatores que contribuem muito para a propagação”.

Entre os motivos mais recorrentes para os incêndios, ele ressalta a ação humana. Descontroles em limpezas de terreno ou no preparo de lavouras, além de bitucas de cigarro costumam ser os principais motivos para o início das queimadas.

Para ele, o ideal é evitar este tipo de prática e redobrar a atenção durante os períodos secos. Além do risco mais alto na utilização de fogo em dias de vento, a falta de uma limpeza prévia também pode facilitar que a situação saia do controle, de acordo com ele. Mesmo não sendo uma prática recomendável, ele destaca o fator cultural na utilização do método.

Novo caso
Um novo foco de incêndio em vegetação foi constatado em Brusque no início da tarde desta segunda-feira. Uma guarnição do Corpo de Bombeiros se deslocou até o bairro Santa Rita para combater as chamas. O trabalho exigiu cerca de 2 mil litros de água para controle do fogo. A área afetada ficava em um terreno na rua Sete de Setembro, próximo da rotatória.