Brincalhão, jornalista José Carlos Natividade fez amizades por onde passou

Amigos contam histórias e prestam homenagens ao ex-repórter do jornal O Município e ex-jogador de Paysandú e Carlos Renaux

Brincalhão, jornalista José Carlos Natividade fez amizades por onde passou

Amigos contam histórias e prestam homenagens ao ex-repórter do jornal O Município e ex-jogador de Paysandú e Carlos Renaux

O ex-jornalista e jogador de futebol José Carlos Lima Natividade, conhecido como Zé Natividade, faleceu em Ituporanga, aos 81 anos, nesta quarta-feira, 2, e seus entes queridos mencionam os adjetivos “brincalhão”, “piadista” e “gozador” enquanto se lembram das histórias que tiveram juntos.

No futebol, Natividade começou ainda em Laguna, sua cidade natal. Ele chegou a jogar pelo Ferroviário, de Tubarão. Em Brusque, teve grandes momentos no Paysandú e no Carlos Renaux, atuando como ponta esquerda. Conforme relatos de amigos, Natividade também teve de enfrentar o preconceito racial para se tornar a referência que é no futebol e, principalmente, no jornalismo.

O ex-presidente do Carlos Renaux, Leonardo Loos, conta que Natividade atuava pelo time na década de 60, até que o rival Paysandú conseguiu levar o ponta embora. “Havia uma rixa muito forte entre os dois clubes na época. Foi um verdadeiro craque, com toda certeza. Todos gostavam dele, porque era um grande homem, com um grande coração.”

Outro lado de sua vida foi o de jornalista, atuando como colunista social e repórter do O Município a partir da década de 70, entre outras funções. No aniversário de 60 anos do jornal, em 2014, Natividade esteve presente na solenidade em homenagem prestada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis, orgulhoso por ter feito parte da história do jornal. Ele também atuou em outras rádios e jornais.

Um dos amigos de Natividade, Delfino João Schaefer, conta que o jornalista já estava em Brusque há algum tempo quando se conheceram. Schaefer havia retornado de estudos no Rio de Janeiro. “Ele escrevia bastante sobre nossa família. Havia um grupo social no clube Bandeirante. Minha mãe e minha tia Norma participavam muito de bailes de debutantes, e o Natividade estava sempre lá”, explica.

Schaefer se lembra de que Natividade havia perdido muita coisa em uma das enchentes que atingiram Brusque nos anos 80, momento em que os amigos se uniram para ajudá-lo. “Demos alguns móveis, nos mobilizamos para ajudá-lo num momento difícil. Havia uma união. Ele era muito correto e muito prestativo”, explica.

José Carlos Fantini, cunhado de Schaefer e amigo de Natividade, lembra que o jornalista sabia contar ótimas histórias. “Ele almoçava com nossa família no Natal, mantive contato com ele. O conhecia desde o tempo em que ele jogava. Era um gozador, grande homem.”

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