Bronze na Paralimpíada, Matheus Rheine é homenageado com desfile no caminhão dos bombeiros

O caminhão passou por seis bairros de Brusque

Bronze na Paralimpíada, Matheus Rheine é homenageado com desfile no caminhão dos bombeiros

O caminhão passou por seis bairros de Brusque

O bom filho à casa torna – e se esse filho é o primeiro brasileiro medalhista cego da história das paralimpíadas, a recepção é ainda mais calorosa. Matheus Rheine retornou do Rio de Janeiro no fim da tarde de terça-feira, 20, e assim que chegou em Brusque, foi surpreendido com um caminhão do Corpo de Bombeiros lhe esperando na rótula da Aradefe Malhas, pronto para carregar o filho da terra pelas ruas da cidade.

O atleta, que chegou com uniforme paralímpico, carregando sua medalha de bronze no peito e o mascote Tom nos braços, se emocionou não só com a oportunidade de ser homenageado pela sua cidade natal, mas também por todas as mensagens de apoio durante a competição. “Eu sou imensamente grato, e nem sei se um dia conseguirei retribuir tanta gratidão. Foram tantas mensagens que recebi, ficava por horas lendo, me emocionando. É impossível agradecer o carinho de cada pessoa”.

Matheus chegou em Brusque com o mascote Tom e a medalha de bronze no peito / Foto: Rodrigo Santos
Matheus chegou em Brusque com o mascote Tom e a medalha de bronze no peito / Foto: Rodrigo Santos

Rheine fez questão de afirmar que medalha não era o grande foco da competição, e sim a busca de diminuir seus tempos nas três provas em que participou. Contudo, ele diz que sentiu um sinal quando pegou pela primeira vez a medalha de um colega. “Um dia antes de eu nadar eu peguei na medalha de uma pessoa de outro país. Quando toquei nela, me bateu um negócio, como se fosse uma mensagem de Deus. Falei que ia buscar ela pra mim, virou um objetivo a partir dali”, diz. “A medalha paralímpica é o maior símbolo do esporte do mundo pra gente. Pra mim esse bronze foi ouro”, completa.

Mas o trabalho não para na vida do nadador, que agora sentiu o gostinho de subir no pódio de uma paralimpíada. Rheine, que agora terá um período de folga merecido, já pensa nos próximos Jogos Paralímpicos. “Eu tenho 23 anos apenas e tenho certeza de que farei um trabalho muito bom visando Tóquio para que, se Deus me permitir, eu possa trazer alegria novamente para o nosso Brasil”, diz.

Homenagens pelas ruas

O cortejo de Matheus Rheine passou pelos bairros Santa Terezinha, Santa Rita, Centro, Guarani, Jardim Maluche e Primeiro de Maio. Pelo caminho, foram prestadas homenagens aos pontos que marcaram história para o nadador, como a academia Viva, onde ele treina quando está em Brusque.

O caminhão de bombeiros, acompanhado também por uma viatura da Polícia Militar, chamou a atenção das pessoas nas ruas. Quando os pedestres compreendiam do que se tratava, a reação era a mesma: um sorriso no rosto e um grito de apoio.

Já os motoristas que liam as faixas em homenagem ao nadador estendidas no lado do caminhão não pensavam duas vezes antes de buzinar e fazer parte, mesmo que momentaneamente, da grande festa para o atleta. Depois da passagem pela avenida Cônsul Carlos Renaux, o cortejo terminou no Corpo de Bombeiros.

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