Brusque confirma primeiro caso de varíola dos macacos

Informação foi confirmada neste sábado, 30, pela vigilância epidemiológica

Brusque confirma primeiro caso de varíola dos macacos

Informação foi confirmada neste sábado, 30, pela vigilância epidemiológica

Brusque confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos neste sábado, 30. A informação foi confirmada pela vigilância epidemiológica. O paciente é um homem de 24 anos.

Os sintomas do jovem tiveram início no dia 18 de julho e o exame foi realizado no dia seguinte. A coleta foi enviada ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Santa Catarina, que confirmou o caso.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o paciente está bem e já realizou o período de 14 dias de isolamento social.

As pessoas que procuram o serviço de saúde em Brusque e apresentam lesões na pele passam por uma triagem com os enfermeiros e médicos. Eles realizam a avaliação do paciente e consideram todas as hipóteses como sífilis, herpes, varicela e varíola.

Se forem descartados todos os diagnósticos, os médicos estudam o caso como suspeita de varíola. Para realizar o exame, os profissionais realizam a coleta de amostras de sangue e material vesicular, ou seja, secreção da bolha, além da crosta da lesão. O conteúdo é acondicionado em uma caixa e encaminhado para análise no Lacen em Florianópolis, seguindo todas as orientações da Nota Alerta da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).

Sintomas da doença

Ariane Fischer, diretora da Vigilância em Saúde, esclarece que os sintomas iniciais são a febre, dor de cabeça, nas costas, no corpo, fraqueza e a presença de linfonodos – as ínguas. Eles aparecem em até cinco dias.

Depois o paciente passa pelo período de erupção cutânea, entre um a três dias após o início da febre. Ele é caracterizado pelo surgimento de bolhas, que geralmente iniciam no rosto e se espalham para as demais partes do corpo. Segundo a diretora, em 95% dos casos as áreas mais afetadas são o rosto, seguido pelas palmas das mãos e sola dos pés, em 75% dos casos.

Como ocorre a transmissão

Causada pelo vírus Monkeypox (MPX), a varíola dos macacos é transmitida principalmente pelo contato direto ou indireto com sangue, fluídos corporais, lesões de pele ou membranas mucosas de animais infectados.

Já a transmissão entre humanos ocorre, geralmente, por meio de contato com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos contaminados, mas estudos indicam que este último seria o meio de transmissão menos eficaz.

Há também a transmissão do vírus via gotículas respiratórias, que requer contato próximo entre o infectado e outras pessoas. Nesta hipótese os trabalhadores da saúde, membros da família e contatos próximos são as pessoas com maior risco de infecção.

De acordo com a nota de alerta da Dive, “a transmissão entre parceiros sexuais parece ser o modo provável de transmissão do presente surto, e o risco é maior devido ao contato íntimo com lesões cutâneas infecciosas durante o ato sexual”. No entanto, os casos devem passar por estudos adicionais.

O órgão não descarta a transmissão vertical ou durante contato próximo no pós-parto. A doença tem período de transmissão que só se encerra quando as crostas das lesões do paciente infectado desaparecem.

A Dive ainda alerta que a MPX é uma zoonose e que animais infectados podem transmitir o Monkeypox vírus para as pessoas, bem como pessoas infectadas podem transmitir para os animais por meio do contato como acariciar, abraçar, beijar, lamber e compartilhar áreas para dormir. “Animais de companhia devem ser monitorados e isolados junto com os casos suspeitos e confirmados”, destaca o órgão.

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