Brusque conta com caldeirão no Augusto Bauer para subir à Série C

Quadricolor não sofre gols em casa há três jogos e nunca marcou menos de dois gols no Gigantinho nesta Série D

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Quadricolor não sofre gols em casa há três jogos e nunca marcou menos de dois gols no Gigantinho nesta Série D

O Brusque joga pelo acesso à Série C neste domingo, 21, contra a Juazeirense (BA), no estádio Augusto Bauer. Após a derrota por 1 a 0 no jogo de ida, a equipe precisa vencer por dois gols de diferença para subir no tempo normal, e vitória por um gol leva o confronto aos pênaltis. A partida é a 50ª da história do quadricolor na Série D do Campeonato Brasileiro.

O técnico Waguinho Dias comandou treino nesta quinta-feira, 18, no Campo do Helinho, no bairro Águas Claras, em quadra coberta de grama sintética por causa das chuvas. As condições do tempo forçaram a comissão técnica a realizar mudanças em sua programação.

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“Com este tempo, não posso perder nenhum jogador. Tenho receio, sim, de alguém ficar resfriado, doente, sofrer lesões. Por isso optei pelo campo sintético”, comenta. Ele também não acredita que o frio atrapalhe a Juazeirense como o calor atrapalhou o Brusque no primeiro jogo, por causa do horário da partida, às 16h.

Os treinos desta sexta-feira, 19, e sábado, 20, serão realizados no Augusto Bauer. A programação difere do resto da campanha, já que o hábito é treinar apenas uma vez na semana anterior a um jogo disputado em casa. Boa parte dos trabalhos durante a semana estão focados na parte psicológica do elenco, buscando equilíbrio emocional e a contenção da ansiedade.

A atitude em campo deve ser a mesma da vista na vitória sobre o Boavista (RJ) por 3 a 0 nas oitavas de final. Waguinho espera que a equipe busque os gols a todo momento, e que caso consiga a vantagem necessária, tenha maturidade para administrá-la para então tentar gols que quebrem qualquer chance de reação adversária. Foi o que aconteceu nas oitavas de final.

“Por tudo que temos feito, os jogadores ficaram muito mordidos. Sentir uma derrota mostra o quanto a equipe quer vencer, o quanto está concentrada. Acreditamos em um bom jogo, em uma estratégia. A torcida tem que ter paciência. Não temos que marcar o gol logo no início, vamos procurar vencer desde o primeiro minuto. Temos que ajudar os jogadores a ter equilíbrio, e não pressioná-los. Desta forma eles vão desenvolver o seu melhor futebol, como tem sido visto.”

Um degrau acima
Para o técnico quadricolor, o Brusque já é maior do que foi em anos anteriores, independente do que acontecer no domingo, 21. Ele reforça ainda que é necessário haver continuidade do trabalho e investimento para que este crescimento continue, levando a equipe a campanhas exemplares e conquistas.

“Recebo telefonemas de pessoas de Série A e Série B do Brasileiro, com as quais tenho muita amizade, e falo por mim que hoje o Brusque é conhecido. Não que não fosse antes. Mas é mais respeitado, por tudo que tem feito. O Brusque já está num patamar diferente, é difícil retroceder.”

“É um momento histórico, da cidade, do clube, todo mundo tem que apoiar, acreditar e ter paciência. Todos nós já mostramos uma capacidade muito grande. Não há pressão. Se ganharmos, ótimo, se não ganharmos, fica a boa campanha”, completa.

Escalação
Em relação ao jogo de ida, a única mudança certa é o retorno de Edílson, que estava suspenso com o terceiro cartão amarelo. Na derrota para a Juazeirense, Zé Mateus atuou improvisado na lateral direita em seu lugar. O zagueiro Magrão segue vetado pelo Departamento Médico.

Waguinho Dias deve levar a campo uma equipe formada por Zé Carlos; Edílson, Ianson, Cleyton, Aírton; Ruan, Thiago Alagoano, Romarinho; Jefferson Renan, Fio; Júnior Pirambu.

O alçapão
O Brusque tem 100% de aproveitamento no Augusto Bauer nesta edição da Série D. Já não sofre gols há três partidas. Empurrado pela torcida, o time tem crescido e aproveitado o Gigantinho para vencer.

Outro retrospecto que reafirma a grande chance de acesso à Série C é o da quantidade de gols como mandante. Em cada uma das partidas, o Brusque marcou mais de dois gols. Foram 15 gols feitos (média de três por jogo) e três sofridos.

1ª rodada: Brusque 2×1 Boavista (RJ)
3ª rodada: Brusque 3×2 Gaúcho (RS)
5ª rodada: Brusque 5×0 Foz do Iguaçu (PR)
2ª fase – volta: Brusque 2×0 Hercílio Luz
Oitavas de final – volta: Brusque 3×0 Boavista (RJ)

Desafio diferente
Diferente das duas últimas fases de mata-mata, quando o Brusque conseguiu empates nos jogos de ida, longe do Augusto Bauer, desta vez o quadricolor começa atrás no placar. A derrota por 1 a 0 para a Juazeirense foi também a única partida na qual o Brusque não marcou gols nesta Série D.

Além do jogo na Bahia, só em uma outra ocasião o Brusque começou perdendo: contra o Foz do Iguaçu (PR), também fora de casa. Virou a partida para 3 a 1 e continuou a campanha que, independente do que acontecer neste domingo, 21, já está marcada na história do clube.

Juazeirense
O Cancão de Fogo sai nesta sexta-feira do aeroporto de Petrolina rumo a Brusque, passando por São Paulo até chegar no aeroporto de Navegantes. A equipe tem treino programado para as 9h deste sábado, 20, no estádio Valério Gomes Neto, em São João Batista.

O presidente da Juazeirense, Roberto Carlos, reconhece que a equipe não tem tido bom retrospecto fora de casa, mas lembra que o empate é o bastante. No outro mata-mata com vitória do Cancão por 1 a 0, na segunda fase, sobre o Patrocinense (MG), a equipe perdeu fora de casa pelo mesmo placar, mas passou às oitavas de final nos pênaltis.

“Temos uma vantagem muito importante, mas que é pequena. Não temos ido bem fora de casa, mas foram apenas duas derrotas nesta Série D. As outras três partidas foram empates, e neste caso o empate é bom para nós”, afirma o dirigente, que também é deputado estadual na Bahia pelo PDT.

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Roberto Carlos também elogia o Brusque e o técnico Waguinho Dias. “O Brusque é uma equipe muito qualificada, tem uma estrutura por trás, um patrocinador importante, enquanto nós temos bem menos recursos, mas já viemos da Série C, e queremos voltar. O elenco é muito bom, e o técnico também, o Waguinho já trabalhou na Bahia e sabemos da sua capacidade.”

O técnico Maurílio Silva tem o elenco com força máxima à disposição. O meia Clebson, que estava suspenso com o terceiro cartão amarelo na partida em Juazeiro (BA), retorna. Ele também já teve passagem pelo Brusque. Assim como Waguinho, não acredita que o frio atrapalhe.

“Vai estar intermediário e acredito que os atletas não vão sentir. Mas estamos prontos para  superar. Nossa preocupação maior é o adversário”, comenta em entrevista ao site oficial da Juazeirense.

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