Brusque contabiliza 32 focos positivos de Aedes aegypti neste ano

Vigilância contabilizou 12 pacientes com dengue, três com chikungunya e um com zika

Brusque contabiliza 32 focos positivos de Aedes aegypti neste ano

Vigilância contabilizou 12 pacientes com dengue, três com chikungunya e um com zika

De janeiro ao início de abril deste ano, Brusque contabilizou 32 focos positivos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e zika vírus. O número é considerado elevado pela Vigilância Epidemiológica, já que em 2015, durante o ano, foram confirmados 57 focos.

O Nova Brasília foi o bairro com mais focos – 15, seguindo do Centro II, 7 e do Santa Rita, 3.

Brusque contabilizou neste ano 12 pacientes com dengue, três com chikungunya e um com zika. Eles estão bem e já retornaram às suas atividades. A Vigilância ainda aguarda a confirmação de outros casos suspeitos – são dez de dengue; três de chikungunya e quatro de zika. A coleta foi realizada na última semana de março e encaminhada ao Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen).

A coordenadora do programa de Controle da Dengue, Fernanda Lippert, diz que o quadro de saúde destas pessoas é estável. “Cada um apresenta um quadro diferenciado, umas com quadro mais forte, outras não. Depende do sistema imunológico de cada uma, mas em geral estão estáveis”.

A coordenadora ainda diz que os resultados dependem do Lacen: os exames de dengue e chikungunya tem levado em média até dez dias, os de zika em torno de um mês.

Combate ao mosquito

O número significativo de casos, diz Fernanda, é resultado de três fatores: ambiental, relacionada ao excesso de chuvas; a facilidade de reprodução do mosquito (proliferação em sete dias) e o descaso da população.

Ela conta que aumentou o número de agentes – são 14 na equipe de endemias e nove que trabalham nas áreas de focos, oferecendo orientações e eliminando criadouros. “Estamos realizando palestras nas empresas, associações de moradores e junto à população. Porém, precisamos que os moradores façam a sua parte”.

Fernanda afirma que a população precisa ter uma visão global do ambiente em que vivem, realizar mutirões de limpeza e buscar estratégias que visam a eliminação de possíveis criadouros de mosquito. “Assim se cuida da saúde própria e também da saúde coletiva”.

Cuidados no inverno

Com o início de temperaturas mais amenas, é comum que as pessoas se preocupem menos com a prevenção do Aedes aegypti. No entanto, a coordenadora diz que é preciso que a atenção seja mantida. Ela explica que mesmo no inverno o mosquito continua se reproduzindo. “Os ovos que a fêmea depositou ficam vivos por mais de um ano”.

Fernanda afirma que as orientações neste período são as mesmas do ano todo. “A população deve ficar atenta ao sintomas, realizar mutirões de limpeza de seu bairro, eliminar depósitos que acumulem água, denunciar pessoas que jogam lixo em terrenos baldios”. Segundo ela, a melhor maneira de prevenir as doenças é eliminando os criadouros do mosquito nos locais onde normalmente ele se multiplica: caixas d’água, calhas, água acumulada na laje, locais para guardar água, tonéis e barris de água, vasos de plantas, garrafas, pneus e lixo.

“Muita gente acredita que a responsabilidade das ações de prevenção e controle é apenas dos governos. Mas sem uma participação efetiva da população, não temos como vencer essa guerra”, avalia.


Conscientização em mecânicas

A Montana Auto Peças é uma das empresas brusquenses que está engajada no combate ao mosquito Aedes aegypti. Há aproximadamente um mês, o proprietário Rodrigo Marco Ribeiro, pensou em levar aos clientes – na grande maioria mecânicas, dicas para combater o mosquito.

Diariamente, um funcionário do estabelecimento visita mecânicas de Brusque e região, distribuiu um cartaz e dependendo da disponibilidade do mecânico, também conversa sobre a prevenção da doença. “Além de realizamos um relacionamento com este público, que são nossos clientes, temos a oportunidade de alertá-los a cuidar das suas empresas para evitar a proliferação do mosquito, cuidando assim da nossa e da saúde deles”, diz Ribeiro.

 Água acumulada em pneus velho é propícia para a proliferação do Aedes aegypti / Foto: Vigilância Epidemiológica de Brusque/Divulgação 
Água acumulada em pneus velho é propícia para a proliferação do Aedes aegypti / Foto: Vigilância Epidemiológica de Brusque/Divulgação

Até agora, a empresa já realizou 80 visitas, e pretende, continuamente, fazer mais de 200. “É um trabalho que está sendo feito gradativamente. Sem pressa. A prevenção é contínua e só terminaremos quando fizermos todas as visitas”.

A Injetek foi uma das mecânicas que recebeu a visita da Montana. A secretária Caroline Fischer Fantini diz que este tipo de iniciativa colabora com o município. “É preciso a união de todos para combatermos o mosquito. A prevenção precisa ser frequente, ainda mais em locais como os nossos, que tem pneus”.

20160407-25

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