Brusque já registra mais de 60 internações de moradores em situação de rua em 2025

Ação de abordagem conta com equipes de saúde, assistência social e segurança

Brusque já registra mais de 60 internações de moradores em situação de rua em 2025

Ação de abordagem conta com equipes de saúde, assistência social e segurança

Brusque conta com um fluxo estruturado para as internações voluntárias e involuntárias de moradores em situação de rua, por meio da atuação conjunta entre o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), o Consultório na Rua, o Serviço de Atendimento à Pessoa em Situação de Rua, o Samu, a Polícia Militar e a Secretaria de Desenvolvimento Social. Até o momento, já foram realizadas mais de 60 internações dentro do novo programa.

Segundo a diretora da Secretaria de Saúde, Inajá Araújo, o objetivo é garantir o cuidado integral, com acolhimento e escuta qualificada para as pessoas em situação de maior vulnerabilidade.

A Prefeitura de Brusque realiza regularmente o trabalho de abordagem social, percorrendo diferentes pontos da cidade com uma equipe preparada para atender moradores em situação de rua. Em alguns casos, é necessário o encaminhamento para internação, que pode ocorrer de forma voluntária, com o consentimento do cidadão, ou involuntária, sem o consentimento.

“Em Brusque, a internação involuntária é utilizada apenas como último recurso, quando todos os esforços terapêuticos e de diálogo se esgotam”, destacou a diretora.

Em 2024, o município registrou três internações voluntárias e quatro involuntárias. Até a primeira quinzena de outubro de 2025, foram contabilizadas 55 internações voluntárias e seis involuntárias. Todas as internações involuntárias são acompanhadas também pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC).

Durante as ações de abordagem social, quando a equipe de saúde e assistência identifica um morador em situação de rua que necessita de cuidados, seja por estar sob forte efeito de álcool, outras drogas ou apresentar problemas de saúde mental, é feita a indicação de tratamento. Caso o usuário aceite o atendimento, é lavrado um termo de consentimento, seguido de avaliação médica e assinatura do laudo para internação.

Nicolas Haag/Prefeitura de Brusque

Nos casos em que o cidadão se recusa a ser encaminhado, mas não apresenta condições de permanecer na rua, é realizada a internação involuntária. A equipe técnica avalia o local mais adequado para o acolhimento conforme a gravidade do quadro.

Casos de menor gravidade são absorvidos pelos leitos de hospital geral, como o Hospital Azambuja, enquanto casos de maior complexidade, que precisam leitos especializados, são encaminhados a clínicas psiquiátricas credenciadas ao município, que oferecem acolhimento estruturado e acompanhamento contínuo.

O tempo médio de internação, seja voluntária ou involuntária, varia entre 7 e 45 dias, conforme o quadro clínico e a resposta ao tratamento. A alta hospitalar é decidida pela equipe médica e multiprofissional da instituição, com base em critérios técnicos e de segurança do paciente.

São avaliados fatores como estabilização clínica e comportamental, adesão mínima ao tratamento e condições de continuidade do cuidado no território. O Caps confirma, então, a possibilidade de seguimento terapêutico e acompanhamento familiar após a alta.

“A alta hospitalar não é decisão da família nem da Prefeitura, mas sim da equipe médica e multiprofissional da instituição, com base em critérios técnicos e de segurança do paciente”, informou a diretora Inajá.

O custeio da internação psiquiátrica varia conforme a origem do encaminhamento. Quando a pessoa é acolhida em situação de vulnerabilidade social e dependência, a prefeitura assume o custo da internação em clínica credenciada. Quando o caso é regulado via Sistema Único de Saúde (SUS) e encaminhado para hospital geral, como o Hospital Azambuja, o custeio é de responsabilidade do Estado e da União, conforme pactuação estadual.

As internações voluntárias seguem o mesmo fluxo técnico, diferenciando-se apenas por ocorrerem com consentimento expresso do paciente.

Na última abordagem realizada no município, em 13 de outubro, três pessoas foram encaminhadas para atendimento médico no Pronto Atendimento 24h do bairro Santa Terezinha, enquanto outras foram direcionadas para acolhimento e avaliação para possível internação.

“Graças a essa abordagem humanizada e integrada entre saúde e assistência social, temos alcançado resultados expressivos, com a maioria dos acolhimentos acontecendo por vontade do próprio paciente, um reflexo direto do fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial de Brusque”, finalizou Inajá.


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