Brusque mantém campanha ainda segura, mas também um futebol que não empolga
Contra o Tombense, faltou capricho e um pouco de sorte; Matheus Nogueira evitou o pior novamente
Contra o Tombense, faltou capricho e um pouco de sorte; Matheus Nogueira evitou o pior novamente
As limitações e qualidades do Brusque são cada vez mais claras. E a tendência é concluir que o time é e será isto mesmo até o fim: determinado, aguerrido, com defesa sólida, com um goleiro fora de série, mas um ataque ineficiente. Uma significativa melhora na frente é esperada, mas não vem.
Pouco muda no desempenho da equipe e nos números mais superficiais. Haverá exceções, como a goleada aplicada sobre a Ponte Preta e a sofrida diante do Confiança, que contrariam as características ofensivas e defensivas da equipe.
Nestes 25 jogos da temporada, a equipe é muito bem treinada, tem uma identidade, mas não empolga porque faz poucos gols e não emenda sequências de grandes atuações. Teve chances de vitória contra o Tombense, mais do que o adversário. Mas faltou capricho e até sorte. E, como quase sempre, lá esteve Matheus Nogueira evitando o pior.
Os reforços da janela extra foram insuficientes, principalmente porque falta um novo camisa 9, num perfil de contratação que a diretoria muito dificilmente irá contratar. Alguém com números, experiência e a responsabilidade que jovens apostas Sub-23 não têm como assumir.
Das três novidades, Caio Gomes e Clinton causaram boas impressões, e podem ajudar bastante no aperfeiçoamento que o Brusque precisa. E com uma nova janela se abrindo em julho, com as eventuais recuperações de Alex Ruan e Mateus Pivô, será possível ter força extra nas últimas rodadas da primeira fase.
Isto posto, o campeonato do Brusque é, antes de mais nada, não correr riscos de queda. E o time tem feito isto muito bem, quase sempre no G-8, com um início superior ao de quando conquistou o acesso de 2023. Se terminar a primeira fase entre os oito, melhor.
Apenas 1.005 torcedores estiveram em Brusque 0x0 Tombense, conforme o borderô da partida. É um público miseravelmente baixo, mas parece que é o que o Brusque consegue trazer na competição, flutuando nesta média de 1,3 mil a 1,7 mil torcedores.
Os melhores públicos recentes foram registrados em 2022, com diversas partidas superando marcas de 2,5 mil e 3,5 mil torcedores. Números turbinados pelo título catarinense e pela Série B cheia de expectativa e clubes grandes.
Algumas condições extracampo atrapalham, como a abertura tardia dos portões nos dias de jogos e o anúncio tardio da abertura da venda de ingressos, com baixa divulgação. Talvez corrigir estas medidas antipopulares, melhorassem a situação e valha a pena fazer o teste, mas não há garantias.
E dentro de campo, o Brusque, apesar de estar na parte de cima da tabela e fazer um início melhor que em 2023, não empolga. Foram só três gols marcados em cinco jogos sem casa nesta Série C.
O Carlos Renaux fez seu dever nos dois jogos contra as equipes que subiram da Série C estadual em 2024. Venceu o Fluminense e, agora, goleou o Porto por 4 a 1, numa partida que merecia placar mais elástico. É o vice-líder da Série do Catarinense.
Agora vem a sequência difícil, com Juventus, Blumenau, Tubarão e Metropolitano. Serão os verdadeiros testes para a equipe de Luis Carlos Cruz se colocar como sério candidato ao acesso. A competição deste ano é dificílima.
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