Brusquenses campeões do Rally dos Sertões falam sobre conquistas

Denísio Nascimento, tricampeão brasileiro, e Rafael Espíndola, estreante, comemoram troféus

Brusquenses campeões do Rally dos Sertões falam sobre conquistas

Denísio Nascimento, tricampeão brasileiro, e Rafael Espíndola, estreante, comemoram troféus

O brusquense Denísio Nascimento, da Bompack Racing, foi campeão geral de veículos UTV do Rally do Sertões 2019, uma das mais tradicionais competições de automobilismo off-road do Brasil. Competindo na categoria Elite Pro e fazendo dupla com Idali Bosse, de Corupá, finalizou a prova em 32h32min38, 26 segundos a menos do que a segunda colocada, Varella Rally Team. Entre todas as categorias UTV, foram 55 veículos participantes.

O percurso de mais de 4,8 mil quilômetros começou em Campo Grande (MS) e terminou em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza (CE). O piloto de 41 anos relata que a vantagem maior foi adquirida na etapa Marathon, que é onde não são permitidos reparos mecânicos.

“Conseguimos manter um ritmo bem forte e o líder de até então, o Bruno Varella, não conseguiu. A gente transformou então uma diferença de oito minutos para 7min50. Depois da Marathon conseguimos sair com quase 20 minutos na frente, e isso deu tranquilidade. Mas tivemos que administrar bem até o último dia.”

Vivendo em Brusque há 25 anos, o piloto natural de São João Batista explica que em percursos tão longos é natural que apareçam problemas. Por isso, piloto e navegador devem ser também mecânicos, entendendo o funcionamento do carro e fazendo os consertos necessários.

“Tivemos alguns pequenos problemas, perrengues, em todas as etapas. São etapas de 300, 400, 500 km por dia, é difícil fazer um trecho todo sem cometer nenhum errinho, sem não ter um pneu furado.”

Denísio, também conhecido como Deni, participa do Rally dos Sertões desde 2009, e competiu com motos até trocá-las pelos UTV. No ano passado, ele foi vice-campeão geral. “Quem compete com moto é piloto e navegador, são outras características. São necessários muito preparo e dedicação quase exclusiva. A exigência física é maior. A família também pedia para parar. Ou se treina todos os dias ou não se compete em alto nível.”

Além do título do Rally dos Sertões, Deni conquistou também o Campeonato Brasileiro de rally em UTV. Foi o terceiro título consecutivo, que veio com uma etapa de antecedência. As cinco primeiras etapas do Rally dos Sertões são válidas para o campeonato nacional.

“Rally não se faz sozinho, se constrói nos pequenos detalhes. É necessária uma equipe muito forte, e a nossa trabalhou muito, desde o nosso cozinheiro aos nosso mecânicos e à parte de apoio, porque usávamos um combustível diferente e se este combustível não chegasse para nós não conseguiríamos terminar etapas. Quem conquistou foi a equipe Bompack, com 10 integrantes, superando adversários que têm muito mais investimentos à disposição.

Espíndola exibe troféu e medalha | Foto: Multracing/Divulgação

Campeão de categoria

Rafael Espíndola, 36, foi campeão da categoria Brasil com a equipe Multiracing, de São Paulo, para motos nacionais até 300 cilindradas. Com sua moto Honda CRF 230F, enfrentou os desafios típicos do rally de moto, fazendo todas as tarefas para pilotar e fazer a navegação correta.

Em sua primeira participação na prova, Espíndola ficou no 32º lugar geral e finalizou o rally em 60h11min25, percorrendo entre 500 e 700 km todos os dias.

“Foi um rally de muita superação. Tinha hora que a gente precisava poupar um pouco o equipamento e o preparo físico para completar a competição. Se forçasse um pouco mais, um defeito Muita gente havia caído fora por acidentes, lesões, falhas mecânicas. O desgaste físico é muito grande, é mais fácil cansar e cometer erros.”

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