Para driblar a crise, brusquenses optam por cortes de carne mais baratos

Houve variação de - 0,42%, somente em novembro, na procura por carnes no município

Para driblar a crise, brusquenses optam por cortes de carne mais baratos

Houve variação de - 0,42%, somente em novembro, na procura por carnes no município

Supermercados e açougues de Brusque perceberam, neste ano, queda na procura por carnes bovina e suína em função da situação econômica do Brasil. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), houve variação de – 0,42% somente em novembro no município. Também conforme o Dieese, o custo médio do produto foi de R$ 23,90.

Em geral, o consumidor busca por carne para churrasco e para fazer na panela – moída ou bife. Coxão mole (bovina) lidera a preferência. Bisteca e pernil suíno também estão entre as mais compradas, seguido de coxa e sobrecoxa de frango. Olair Paulo, do mercado e açougue Rieg, diz que a procura por carne é diária, porém, em 2016 “caiu bastante”.

Gosto dos moradores de Brusque por carnes é variado / Foto: Arquivo Município
Gosto dos moradores de Brusque por carnes é variado / Foto: Arquivo Município

César Montibeller, do açougue Montibeller, diz que os brusquenses compram mais no fim de semana, mas também afirma que houve queda significativa nas vendas. “As pessoas perderam seus empregos, a crise afetou todo mundo, o que também repercutiu na procura pela carne”.

O proprietário do supermercado O Barateiro, José Francisco Merísio, destaca que os clientes buscam por cortes de carne mais baratos, como lombo, paleta e peito bovino, costela e pernil suíno e coxa e sobrecoxa de frango. “Com os salários que recebem, o povo não consegue comprar tanta carne como antes”.

Substituição

Para o gerente do Archer, Udo Wandrey, a opção encontrada pelos clientes foi a de substituir as carnes. Para ele, a maioria começou a comer mais frango e peixes ao invés de boi e porco. “O hábito do consumidor mudou. Estão buscando por frangos, peixes e carnes bovinas para panela e bife, assim como bisteca e pernil de porco”. Já carnes de churrasco, como alcatra, picanha e filé, são mais consumidas no fim de semana.

Por outro lado, o gerente do Bistek, Ricardo Polastrini, afirma que mesmo em meio à crise, as pessoas não deixam de comer carne. Ele observa que o produto continua sendo item básico nas compras e que o consumidor aproveita as promoções para levar mais quantidade. O gerente diz que no mercado, num fim de semana, por exemplo, são vendidos mais de 1,1 mil quilos de carne. “São gostos variáveis, desde carne para churrasco, de panela ou moída. O que se busca é carne sem gordura”.

O proprietário do açougue Bruns, Nelson Bruns, também ressalta que a procura pelo produto se mantém estável no seu estabelecimento. “Não teve queda, mas também não aumentou. Há um equilíbrio”.


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