Em um ambiente reservado, no bloco C do Centro Comercial do Santuário Santa Paulina, o Café da Roça, no Vígolo, traz uma proposta diferenciada para os clientes. Com intenção de atender desde o peregrino até excursões, o espaço faz com que as pessoas retornem ao passado e sintam o sabor da infância.
Projetado de forma rústica, o Café da Roça oferece um café colonial com produtos caseiros e com sabor das comidas da vovó.
A ideia de fundar o Café da Roça surgiu de Adilson Bunn e a esposa Maria Lucia Bunn, que já possuíam a loja Vino Del Padre, no mesmo bloco, no Centro Comercial do Santuário. “Na loja vendemos vinhos coloniais daqui da região, além de outros produtos coloniais, como queijos, massas artesanais, feijão, geleias, salames, linguiças. Mas sentíamos falta de um espaço para as pessoas desfrutarem de um café que fosse mais simples e acessível a todos”, comenta.
Em conversa com as irmãs responsáveis pelo Santuário, o casal teve o aval para montar o novo empreendimento. Em três meses, pessoas de diversos lugares do país já saborearam a deliciosa polenta com linguiça, pão de milho com cará e batata, bolinho de chuva, cavaco (orelha de gato), pastelão, pamonhas doces e salgadas, rosca com nata, cucas, bolos de festa, entre outras maravilhas típicas do interior.
Fubá próprio
O diferencial no sabor das comidas do Café da Roça está no fubá. Como um atrativo a mais para o público, Adilson montou o quiosque A Tafona. No local está montada uma verdadeira tafona com um moinho de água, em que faz a produção do fubá ao vivo para as pessoas.
“Eu tinha uma menor em casa, e surgiu a ideia de trazer uma maior para cá, para as pessoas verem como se produzia o fubá antigamente, e até porque faz parte da história da Santa Paulina”, conta.
Durante a semana, a tafona funciona para a produção de fubá, que é revendido para fora do município. E, aos sábados, domingos e feriados, o atrativo se mantém em funcionamento para chamar atenção do público. “O fubá é moído na pedra, o que dá um sabor diferente. Para os antigos, esse é o verdadeiro fubá”, comenta Adilson.
A Tafona
Em 1887, o pai de Virginia Rosa Nicolodi, amiga de Amábile Lucia Visintainer, hoje Santa Paulina, doou uma tafona para que elas pudessem prestar serviços para a comunidade.
E foi a partir disso, que surgiu a ideia de fundar a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. “Trazer a tafona para o Santuário é uma recordação para as pessoas e ativa as memórias”, diz Adilson.
A tafona foi construída por Adilson e possui duas pedras centenárias que moem o milho. O funcionamento dela é por meio de motor, pois o moinho de água não possui força suficiente para a tafona.
Receitas de família
Para viabilizar o Café da Roça, além da esposa Maria Lúcia, Bunn contou com a ajuda dos cunhados, Valtamir e Ana Maria Lacerda Galvão. Diferente da loja Vino Del Padre, que abre de terça a domingo, das 8h às 18h, o Café da Roça atende apenas aos sábados, domingos e feriados, das 5h às 18h. “Começamos cedinho para oferecer mesmo aquele café da manhã reforçado, ou servir de almoço para quem deseja comer algo diferente, ou ainda para o café da tarde”, diz Adilson.
Ana revela que as receitas usadas para produzir os pratos são todas de família, que foram passadas de geração a geração. Além disso, tudo é produzido no local e na hora para manter os produtos frescos. “Tudo que tem no café também pode ser comprado para levar para casa. A gente vai fazendo aos poucos, conforme vai tendo saída”, diz.
Além dos pratos feitos para o buffet, dentro do Café da Roça é possível encontrar ainda broas de araruta, bolachas de Natal enfeitadas, amêndoas caseiras, dedo de Maria e outros doces artesanais.
Para manter o ar de aconchego e familiar, tanto o Café da Roça como a loja Vino Del Padre possuem o atendimento da família. O valor para desfrutar de todo o café colonial e diversidade dos produtos do buffet, é de apenas R$ 15 por pessoa ou R$ 35 o quilo.