Campanhas de vacinação em Brusque rendem bons resultados, mas abaixo da meta

Cobertura da vacina contra poliomielite era preocupante, com apenas 4% das vacinas aplicadas

Campanhas de vacinação em Brusque rendem bons resultados, mas abaixo da meta

Cobertura da vacina contra poliomielite era preocupante, com apenas 4% das vacinas aplicadas

Ao fim das campanhas mais recentes de vacinação realizadas pela Secretaria de Saúde de Brusque, a cobertura da vacina contra a poliomielite foi de 92,40%: 5.425 doses aplicadas para 5.871 pessoas. A meta de 95% não foi atingida, mas, para a Vigilância em Saúde, os resultados não deixaram de ser satisfatórios.

“Nos primeiros 10 dias da campanha estávamos com 4% de cobertura da vacina da pólio, ficamos muitos preocupados e começamos a intensificar nossas ações. A meta é 95%, não a alcançamos, mas chegamos perto”, explica a diretora, Alícia Fagundes.

A conclusão foi que muitos pais e responsáveis estavam com medo de levar as crianças para vaciná-las, por conta da pandemia de Covid-19. Conforme relata Alícia, foram feitos investimentos na busca ativa daquelas famílias que ainda não haviam procurado por vacina. Ligações por telefone e visitas em domicílio foram realizadas como ação de conscientização sobre a importância de procurar o atendimento.

A cobertura da vacina contra poliomielite era a mais preocupante para a Vigilância em Saúde. As campanhas recentes também visavam ampliar a cobertura de diversas outras imunizações.

A pólio

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.

Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável (VIP, aos 2, 4 e 6 meses) e mais as doses de reforço com a vacina oral bivalente (VOP, gotinha). A medida está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio. Essa vacinação propicia imunidade individual e aumenta a imunidade de grupo na população em geral.

Não existe tratamento específico para a poliomielite, todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro clínico. Entre os sintomas mais frequentes estão febre, dor de cabeça e no corpo, vômitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma paralítica ocorre a súbita deficiência motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular e persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.

As sequelas são tratadas por meio de fisioterapia e de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.


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