Candidato a vice-prefeito, Ari Vequi (PMDB) fala sobre seu papel na chapa de Ciro Roza (PSB)

"Não acho certo assumir qualquer secretaria", afirma Vechi

Candidato a vice-prefeito, Ari Vequi (PMDB) fala sobre seu papel na chapa de Ciro Roza (PSB)

"Não acho certo assumir qualquer secretaria", afirma Vechi

Com o objetivo de ajudar o eleitor a escolher a melhor chapa, o Município Dia a Dia realiza sabatinas também com os candidatos a vice-prefeito. O primeiro entrevistado é Ari Vequi (PMDB), que compõe chapa ao lado de Ciro Roza (PSB), conforme ordem sorteada na sede do jornal Município na presença de representantes das coligações.

Ari Vequi é formado em Administração Pública pela Unisul de Palhoça e estava na equipe do governo do estado até pouco tempo, como secretário-adjunto da Casa Civil. Militante do PMDB de Brusque, ele retornou para o município recentemente. Entretanto, diz que sempre manteve contato com a cidade.

Na entrevista, ele afirma que a candidatura de Ciro Roza está posta e, apesar dos questionamentos jurídicos, não há confirmação de que ele não poderá assumir. Político, ele se esquiva e não responde se poderá assumir a cabeça de chapa, caso Ciro seja julgado inelegível.

Vequi afirma que sua maior contribuição na chapa será a articulação com as esferas federal e estadual, uma vez que ele tem uma carreira pública de mais de 20 anos.


Papel do vice-prefeito

Vequi diz que veio a Brusque para ser candidato a prefeito, mas aceitou ser vice por um projeto maior. Caso eleito, a princípio, ele não quer assumir um cargo no primeiro escalão da administração.

“Particularmente, não acho certo assumir qualquer secretaria. A princípio, não tenho interesse. Mas se houver alguma necessidade, que o prefeito precise que eu assuma uma missão específica, eu posso assumir”.

Vequi diz que pretende ser atuante, acompanhando reuniões das associações empresarias, de moradores e de entidades como o Grupo de Proteção da Infância do Adolescente (Grupia). “Minha posição em 1º de janeiro é estar livre, como vice, para acompanhar as obras, os reclames, para estar o mais presente na sociedade”, afirma.


Articulação com a Câmara de Vereadores

Como integrante do PMDB, partido representativo na cidade e na Câmara de Vereadores, Vequi terá papel importante, caso a sua chapa seja eleita. Ele afirma que irá trabalhar para harmonizar as relações entre Executivo e Legislativo.

“Eu vou procurar, já falei ao Ciro, ser o aliado dele na Câmara de Vereadores, para buscar construir ali uma base aliada. Na democracia brasileira, quem não tem aliados acaba tendo dificuldades para governar”, diz.

Na avaliação dele, o PMDB deverá conseguir três cadeiras na Câmara.


Busca de recursos

Vequi defende que os governos federal e estadual têm dinheiro destinado para Brusque, contudo, as administrações não têm conseguido capitalizar. Segundo ele, existe dinheiro para a barragem de Botuverá, que beneficiará Brusque.

Para o candidato, o entra e sai de prefeitos no último ano fez com que a cidade perdesse tempo. “Existe um empréstimo de R$ 4 milhões que está no Badesc para o prolongamento da Beira Rio, e as administrações não conseguiram tirar do papel. Está lá para ser usado” afirma.

Ele também cita a situação envolvendo a rua Nova Trento. O dinheiro está garantido, mas falta buscá-lo, diz. “A ponte do Rio Branco está indo a passos lentos. A [duplicação da] rodovia Antônio Heil precisa ser acompanhada. O governo municipal tem que estar perto do estado”.


Relacionamento com outros governos

Em tempos de crise e recursos escassos, os municípios ficam à mercê do estado e da União. Vequi afirma que terá papel importante na articulação com o governo estadual. Ele diz que tem trânsito com os deputados estaduais e com os secretários de Estado.

Com relação ao governo federal, ele afirma que conhece o presidente da República. “Conheço o Michel Temer pessoalmente. Já convivi com o presidente, por meio do ex-governador Luiz Henrique, que participava do mesmo grupo político do Michel na presidência do partido”. Vequi afirma que também tem relacionamento estreito com os três senadores do estado.


Viabilidade jurídica de Ciro

A viabilidade ou não da candidatura de Ciro Roza é um dos assuntos mais comentados durante a campanha. Ele teve um habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana e recorre. Caso não consiga, poderá permanecer inelegível.

Neste caso, dependendo de quando a impugnação da candidatura dele acontecer, Vequi poderia assumir a cabeça de chapa ou o PSB indicar outro nome. Vequi diz que não há decisão contra Ciro e que não há porque comentar o assunto por enquanto.

“Nós teremos recursos no TRE-SC e no TSE. Então temos dois ou três recursos. A Justiça é dinâmica, e a lei deixa muita brecha para que a gente possa recorrer nestas questões. Parto do princípio que devemos ir até o final, porque temos todas as condições de provar que aquilo que os adversários colocam já está prescrito, a lei já julgou”, diz.


Mais segurança

A segurança pública é de responsabilidade do estado e não do município. Mas, como estava até há pouco tempo no governo estadual, Vequi diz que irá tentar articular a vinda de mais policiais ou câmeras de monitoramento.

Ele diz que, se eleito, ele irá entrar em contato com o secretário de Estado de Segurança Pública, César Grubba, para que seja feita uma reunião com ele e o comandante-geral da PM de SC e o delegado-geral da Polícia Civil, em Brusque, para encontrar o melhor modelo de gestão.

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